Levar fotos para casa sem ter de as tirar
Quer umas férias mesmo a sério, sem pensar em nada, o que incluiu não tirar fotografias? Mas, ao mesmo tempo, gostaria de ficar com recordações do navio e dos momentos que lá passou durante o cruzeiro? No Epic Norwegian, não precisa de trazer mais um peso na mala e, mesmo assim, pode voltar para casa com fotografias para mostrar aos amigos. Como? Através de um sistema de reconhecimento facial.
Antes de embarcar no cruzeiro, os passageiros podem pedir que lhes tirem uma fotografia que será introduzida num sistema de reconhecimento facial. Durante os sete dias e noites pelas Caraíbas ou pelo Mediterrâneo, vários fotógrafos de serviço vão andar a disparar flashes pelo navio e, no final, terá à disposição um DVD com todas as fotografias em que aparece. Por um preço extra, claro.
A aposta na tecnologia para facilitar a vida aos hóspedes estende-se também a outros aspectos. É o caso da televisão interactiva que existe em todas as cabines e permite alugar vídeos, jogar como se estivesse no casino e reservar jantares e espectáculos a bordo. Neste último ponto, a NCL disponibiliza também no seu site reservas prévias, dias antes de o navio zarpar do porto. O navio tem também sinal digital e ligação à Internet.
Epic em números
#35000: O Norwegian Epic é feito de 35 mil toneladas de aço, o equivalente a 28 mil carros de média dimensão
#160: Foram precisas cerca de 160 horas para fazer as pinturas coloridas no casco do navio, um trabalho de arte que foi concebido por funcionários da NCL
#20370: Por dia, os 21 restaurantes do Epic servem cerca de 20.370 refeições
#6000: O Ice Bar, o primeiro bar de gelo num navio, usa cerca de 6.000 litros de água para fazer o bar, as mesas, os bancos e as esculturas de gelo
#40000: Aquele que é o maior lustre com iluminação LED a bordo de um navio tem cerca de 40 mil cristais.
#340: O Epic Casino, o maior de todos os casinos a bordo dos navios da NCL, tem 340 slots machines
#762: O ecrã gigante do Spice H2O, um solário que à noite se converte em bar, tem 762 centímetros
NCL, A companhia que ganhou os mares ao proclamar-se livre
São já 44 anos a cruzar o oceano, mas foi nos últimos dois que se deu a grande viragem. Metade do capital da companhia de cruzeiros Norwegian Cruise Lines (NCL), que de norueguesa só já tem mesmo o nome, foi comprada pela Apollo Management, um fundo de investimento norte-americano, por um milhar de milhão de dólares (o equivalente, hoje, a 778 milhões de euros). A outra metade da NCL ficou nas mãos da Star Cruises, do grupo Genting, da Malásia.
À semelhança dos outros fundos do género, a Apollo Management não tinha qualquer tradição no negócio em que entrou. A sua função era injectar capital fresco na empresa de cruzeiros, abrindo assim as portas para que se aventurasse por outros mares. E foi o que aconteceu.
A compra deu-se em Janeiro de 2008 e, em Maio, após um intenso processo de reorganização que implicou cortes de pessoal, mudanças nas rotas, navios e até na estratégia de marketing, a NCL anuncia uma nova era: os cruzeiros "free-style" (estilo livre). Este conceito, que foi levado até ao limite no Norwegian Epic, elimina todas as obrigações comuns numa viagem de cruzeiro. Não há horários para as refeições nem código de vestuário, há dezenas de restaurantes e bares à disposição e uma oferta alargada de entretenimento e de alojamento para preencher todos os gostos e bolsos. Nos últimos anos, a NCL tem vindo a desinvestir dos velhos navios e a construir novos, todos eles adaptados a este conceito free-style.