Fugas - Viagens

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A imaginação num cruzeiro nunca navegou tão ao largo

Mas não é só o conceito de liberdade a bordo que marca a história da NCL. A companhia de cruzeiros, que hoje tem sede em Miami, foi fundada em 1966 com o nome de Norwegian Caribbean Line pelo norueguês Knut Kloster e pelo israelita Ted Arison. As primeiras viagens realizavam-se entre Miami e Nassau num pequeno navio a vapor de 830 toneladas, originalmente construído para realizar travessias de ferry na Europa.

Ted Arison acabaria por deixar a companhia para criar uma nova, a Carnival, que hoje lidera a indústria dos cruzeiros, seguida pela Royal Caribbean e pela NCL. Knut Kloster fez o resto do trabalho sozinho, comprando mais navios e aventurando-se em algumas estreias no mundo dos paquetes.

Em 1979, a companhia, que já se chamava Norwegian Cruise Line (NCL), pode gabar-se de ter operado o maior navio do mundo de então, o SS France. Foi também pioneira em fazer um programa combinado de cruzeiro e avião e em chegar a novos portos nas Caraíbas como Ocho Rios, na Jamaica. Além disso, tornou-se dona de uma ilha privada nas Bahamas para oferecer aos passageiros uma praia exclusiva.

Em 2001, um ano depois de ter sido comprada pela Star Cruises, a NCL voltou a dar nas vistas. Na sequência dos ataques terroristas do 11 de Setembro, que levaram muitos norte-americanos a desistir de voar, a NCL introduziu vários cruzeiros dentro dos EUA, que saíam geralmente de Nova Iorque em direcção às praias da Florida ou das Bahamas, possibilitando assim um meio de transporte alternativo ao avião.

Além disso, conseguiu que o Governo norte-americano lhe desse a exclusividade da operação de cruzeiros no Havai, após satisfazer uma extensa lista de condições, entre as quais ter navios construídos nos EUA, ter tripulação norte-americana e obedecer a várias regulamentos em matéria fiscal e ambiental.

Actualmente, a NCL opera uma frota de dez navios, que percorrem várias partes do mundo, como a Europa, Alasca, Havai, Canadá, EUA, Bermudas e Caraíbas. Segundo as contas da Cruise Market Watch, é a terceira maior companhia de cruzeiros do mundo, com uma quota de mercado de quase oito por cento, atrás da Carnival (a líder, com mais de metade do mercado - 53,6 por cento) e a Royal Caribbean (com 24,8 por cento).

A jornalista viajou a convite da James Rawes (representante da NCL em Portugal)

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