Fugas - Viagens

Adriano Miranda

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Riviera Maia, a sedutora do México

O vasto património arqueológico mexicano, e em particular aquele que diz respeito à civilização maia, está longe de ser todo conhecido. Há novas descobertas quase todos os dias, tanto em Chichén-Izá, onde decorrem neste momento novas escavações, como em lugares mais recônditos. E cada descoberta traz novas interrogações. É o caso das cavernas de paredes brancas usadas como local de culto, nalgumas das quais não são visíveis marcas de fumo. Sem luz, como se orientariam os antigos maias nas galerias e grutas subterrâneas?

É sem vontade que se parte do México. Só resta regressar, para nos voltarmos a perder nos mistérios debaixo do sol, sucumbindo de vez ao seu encantamento.

Quando ir

A época alta na Riviera Maia vai de meados de Dezembro à Primavera e a das chuvas e furacões daí até Setembro. Seja como for, não conte com frio neste clima tropical, onde a temperatura média é de 27 graus durante o dia e não costuma chover muitos dias seguidos. Viajar em Agosto tem o inconveniente acrescido de ser mais caro, por causa de haver maior procura turística na Europa deste destino. E de os alojamentos terem mais gente.

Como ir

Viajar com um pacote tudo-incluído voo, hotel e refeições é a opção mais barata. Negociar com a agência de viagens o adiamento do regresso por uma semana ou duas não é fácil, mas vale a pena tentar. A Best Travel e a Dominicana Tours praticaram em Junho preços irrisórios, desde cerca de 550 euros por uma semana neste regime, mas no fi nal deste mês o mesmo pacote

Onde ficar

"Resorts" como o Bahia Príncipe são uma boa opção para os primeiros dias de descanso. Mas alugar uma cabana mesmo dentro da praia, mesmo sem as mordomias do tudo incluído e da electricidade 24 horas por dia, tem outro sabor.
Se gosta de acordar a poucos metros do mar experimente La Vita é Bella, ao pé de Tulum. Não é barato, mas tanto as cabanas como o restaurante valem a pena. Fica numa das melhores praias da zona.

O que ler

Não há assim tanta literatura em português sobre os maias. Caso não consiga aceder em tempo útil a uma edição espanhola, dirija-se à Bertrand e peça "Descobertas na terra dos maias". Custa três euros e é a história das viagens e das descobertas do francês Pierre Ivanoff por terras da América Central. Contado na primeira pessoa por quem chegou a viver com tribos locais, o relato de Ivanoff está algo desactualizado perante algumas descobertas posteriores a este livro de 1968 que, ainda assim, merece a pena ser lido.

Conselhos úteis

Sapatos de andar dentro de água são essenciais nalgumas destas praias, onde a erosão deixou incómodas pedras à entrada do mar. Outro bem essencial é o repelente de insectos - tente perceber qual o mais eficaz, porque há mosquitos altamente insistentes. E tenha em linha de conta que alguns "resorts" cobram preços exorbitantes pelas excursões aos sítios obrigatórios pirâmides maias, cenotes, ecoparques, etc. Em alternativa, pode visitar os mesmos locais repartindo o aluguer de um táxi com mais gente e contratando um guia no sítio. Para se deslocar de um lado para o outro pode alugar um carro no México as distâncias são enormes ou então usar a rede de autocarros. Outra opção são os "colectivos", velozes carrinhas que vão praticamente a todo o lado, e um dos principais meios de transporte dos mexicanos. Têm várias vantagens: são muito mais frequentes que os autocarros e também mais animados.

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