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Madrid das arábias, por Luís Maio (14.6.2008)
Voa-se para Madrid por 10 ou 20 euros
A renovação da centenária Gran Via, a conversão do antigo Matadero em centro de artes, as novas extensões do Triângulo dos Museus, mais os reforços da Caixa Fórum e de La Casa Encendida tudo isso é ainda muito recente. São investimentos que fazem parte de um esforço concertado para relançar Madrid e contestar a primazia turístico-cultural de Barcelona. São, no entanto, novidades com meia dúzia de anos e, apesar da crise e doutras contrariedades (como a perda dos Jogos Olímpicos de 2016 para o Rio de Janeiro), a capital espanhola não parou para descansar, no dia a seguir a essa maré de inaugurações.
Surgem agora atracções mais avulsas e singulares, como o Mercado San Miguel e o AndénCero, ou até mais insólitas, como a Capilla del Obispo. No lugar de mais museus e galerias de arte, a nova sensação cultural de Madrid é a antiga Tabacalera transformada num laboratório de autogestão new age. Entretanto, bairros tradicionais como Las Salesas e TriBall, ainda ontem adormecidos ou mesmo decadentes, renascem e ganham instantânea projecção internacional. Em Abril, a cidade inaugurou oficialmente o novo parque Madrid Rio.
La Capilla del Obispo
Guarda obras-primas to Renascimento Espanhol, mas esteve fechada quase meio século e mesmo agora só abre ao público fora de horas. A Capilla del Obispo é um desses lugares espirituais e insólitos que excita a fantasia dos amantes de policiais medievais, por enquanto uma morada quase secreta, ou apenas conhecida dos madrilenos mais "cuscos". Fica na Plaza de la Paja e pertence ao Conjunto Monumental de San Andrés, no centro medieval da capital espanhola. Há 40 anos estava à beira da derrocada, mas depois foi declarada Bem de Interesse Cultura e os trabalhos de recuperação começaram há cinco anos, quando um banco disponibilizou a maior parte dos 3,3 milhões de euros necessários ao restauro.
A capela reabriu em Julho passado, mas para já apenas nos (irregulares) horários dos serviços religiosos, promovidos pelas Hermanitas del Cordero. É outro atractivo, que contribui para a singularidade da visita: as freiras são todas sub-30, muito sorridentes e elegantes nos seus hábitos azuis imaculados. Para mais falam um castelhano cantarolado em francês, que se prende com a circunstância de a sua comunidade, pertencente à família dominicana, ter sido formada em Perpignan em 1983.
Passadas as imponentes portas duplas, talhadas com cenas bíblicas ao estilo renascentista, o visitante acede ao templo, que primeiro impressiona pela altura e majestade das suas abóbadas góticas. Logo a atenção é monopolizada pelo retábulo do altar-mor, obra plataresca de Francisco Giralte, especialmente exuberante na ilustração das cenas da paixão de Cristo. É o género de construção escultórica que deixa o observador petrificado, até se recompor e perceber que na parede da direita há mais esplendor: desta feita um cenotáfio cinzelado em alabastro, representando uma figura masculina orando num rico genuflexório, na companhia de crianças e outras duas figuras de pé, presumivelmente mais velhas.
Trata-se do Bispo de Plasencia e dos seus pais, que se destacaram entre as personalidades mais marcantes de Espanha de Quinhentos. O propósito da edificação da capela era acolher os restos mortais de Santo Isidro, o santo padroeiro de Madrid, mas acabaram por perder a sua custódia a favor da contígua igreja de Santo Andrés. Como uma espécie de desforra, o bispo fez questão de construir um mausoléu de família tão ou mais exuberante que os da realeza. Entretanto, no outro extremo da mesma Plaza de la Paja, há outra novidade sob a forma de um pequeno paraíso ajardinado. São os Jardines Del Príncipe Anglona, desenhados em 1761 e vinculados a uma casapalácio que serviu de residência a vários notáveis, incluindo o referido Príncipe Anglona. A casa acabou por ser ocupada por um restaurante, que até fica mal na fotografia, mas o jardim é propriedade da edilidade e acaba de ser aberto ao público.
Mercado San Miguel
Outro sítio novo no centro histórico de Madrid, este porém muito popular e turístico. Típica estrutura de ferro, arquitectada segundo o padrão Beaux-Arts do parisiense Les Halles, o Mercado San Miguel nasceu (1916) na praça do mesmo nome, mesmo ao lado da famosa Plaza Mayor. Era um vulgar mercado de bairro, que acabou por ficar um bocado decadente, até ser comprado por investidores privados em 2003. A remodelação custou perto de 20 milhões de euros (incluindo a compra do edifício), dos quais 600 mil financiados pela edilidade (o que se justifica pela classificação de Bem de Interesse Cultural).
Por altura da reabertura, há coisa de ano e meio, ouviram-se protestos de antigos vendedores que não aceitaram ser despejados, apesar das vantajosas indemnizações, bem como de moradores menos abonados, que se queixaram de terem de passar a ir fazer compras para outra freguesia. Porque o novo San Miguel manteve a estrutura original, mas converteu-se num sítio chique, à semelhança do barcelonês La Boqueria. São 34 postos de venda entre mercearias gourmet, cervejarias e restaurantes refinados.
A oferta inclui ostras da Normandia, massas frescas italianas, pastelaria austríaca e um sem número de delícias espanholas, boa parte de procedência catalã. Para além disso, o San Miguel apresenta-se como um mercado para o século XXI, o que significa horários alargados (abertura até às duas da manhã de quinta a sábado), serviços de catering, concertos e mais animação. É um lugar fantástico, os artigos em venda são de primeiríssima qualidade, mas também já se sabe que aqui nada sai barato. Daí as críticas da velha guarda do mercado, que acabaram silenciadas pelo seu sucesso quase instantâneo.
Durante o dia é o pessoal que vem à pergunta de mercadorias para cozinhar em casa, à hora de almoço aparecem os executivos, ao fim do dia é a enchente de gente que vem beber copos e "tapear". A todas as horas desembarcam excursões de turistas, boa parte dos quais espanhóis, sempre à mistura com madrilenos que, no entanto, frequentam mais o San Miguel na altura das festas.
AndénCero
Mais conhecida como a estação fantasma do metro de Madrid. Rebobinando, Chamberí foi uma das estações que integrou a primeira linha de metro de Madrid, inaugurada faz agora 91 anos. Acabou, porém, por ser desactivada em meados da década de 60, quando se procedeu ao alargamento da linha e se decidiu sacrificá-la, porque ficava em curva e demasiado próxima de outras duas. Agora foi recuperada e é a principal atracção do AndénCero, centro de interpretação do metro, que também integra uma Nave de Motores, datada de 1923.
A estação foi restaurada tal qual era, incluindo guichets, cancelas, letreiros e vestiários do pessoal. Ora, passada a nova entrada envidraçada, não se encontra mais pessoal do metro, mas em contrapartida lá em baixo os comboios continuam a passar a toda a velocidade (o cais é protegido por um muro de vidro), o que de facto cria a sensação de explorar um lugar estranho e fantasmagórico. Para além dessa experiência de máquina do tempo, os trabalhos de limpeza permitiram descobrir paredes de azulejos pintadas com anúncios, que datam dos tempos da inauguração. Dizeres e imagens estão em sintonia com o cânone Arte Nova e denotam um certo ar francês. A mais valia é que nada de semelhante persiste no original parisiense (Plaza de Chamberí de 3.ª a 6.ª, das 11h00 às 19h00 e fins-de-semana das 11h00 às 15h00; tel.: 902444403).
CSA Tabacalera
Qualquer coisa de extraordinário se está a passar na antiga Tabacalera. O prédio gigantesco, arruinado e soturno, está agora ocupado por um esquadrão de pessoal alternativo e neofreak, que recebe todos os dias, mas sobretudo aos fins-de-semana, magotes de gente atraída pela singularidade do programa de "festas". Algo parecido como o idealismo do Maio de 68 ressuscitado em versão século XXI, mas com a chancela do Ministério da Cultura de Espanha.
Antiga fábrica de licores e de tabacos, edificada em finais do século XIX, La Tabacalera é um edifício semelhante na grandeza e no cinzentismo ao hospital que veio dar lugar ao Museu Rainha Sofia. Fica meia dúzia de quarteirões mais abaixo, na Plaza Embajadores, no bairro de Lavapiés. A actividade industrial cessou e as instalações encerraram em 1999, sendo o edifício destinado a albergar o futuro Centro Nacional de Artes Visuais, mas o projecto teve uma série de falsas partidas.
Entretanto, uma rede de colectivos do bairro popular, multicultural e alternativo de Lavapíés veio reivindicar a sua ocupação para fins sociais e culturais, propondo-se seguir para o efeito um modelo de autogestão. O projecto ganhou a simpatia do Ministério da Cultura, que cedeu provisoriamente a maior parte do espaço à dita associação de colectivos. Efectuados restauros mínimos, ou suficientes para a casa não vir abaixo, La Tabacalera reabriu ao público em Julho passado. A cedência ministerial só é válida até finais de Fevereiro próximo, embora tudo indique que o prazo venha a ser prorrogado.
O modelo de autogestão significa que a organização é horizontal, mas também que se pauta pelos princípios da gratuitidade (livre acesso a todos os eventos) e do copyleft (o oposto do copyright). Os antigos espaços e o que resta da sua mobília industrial (há cadeiras e máquinas antigas, mas faltam vidros em muitas janelas) são agora ocupados por ateliers em áreas que vão das artes cénicas às artes plásticas, mas também por serviços sociais, que incluem creche, biblioteca, reparação de bicicletas, horta, bailes populares e mesmo uma boutique de roupa sem caixa registadora, ou seja, onde todos os artigos em exposição são gratuitos. O princípio da gratuitidade é denominador comum a todas as actividades e se é preciso construir um cenário emprega-se material reciclado ou promove-se uma festa de angariação de fundos.
Há mais um par de centros autogeridos em Madrid, mas nenhum com a dimensão de La Tabacalera. Será um anacronismo, ou será o futuro, mas é seguramente um assunto na ordem do dia, que está a agitar Madrid. Falta dizer que Belas Artes ocupa o topo nordeste da antiga fábrica de tabacos, onde de momento promove retrospectivas (também gratuitas) de trabalhos dos seus finalistas.
Salesas
É o novo enclave da moda da capital espanhola, a versão madrilena do Soho nova-iorquino e da sua etiqueta bohemian chic. A transfiguração é efectiva, mas tão discreta quanto a demografia selecta a que se associa. Salesas encaixa entre os bairro de Salamanca e da Chueca, mas também fica a meio caminho do luxo corporativo da primeira e da cena gay/alternativa da segunda. Apostando nesse compromisso é hoje, muito provavelmente, a zona mais cool e trendy da cidade. É pelo menos a vizinhança onde menos se dá pelos efeitos da crise e em nenhuma outra parte de Madrid abriram tantas lojas nos últimos dois anos.
Bairro de prédios de quatro e cinco andares, na maior parte construídos no século XIX para alojar a pequena e média burguesia, foi mais recentemente colonizado por gente ligada às artes e às novas profissões, incluindo um punhado de celebridades ( Javier Bardem, Marisa Paredes, Paz Vega). Conservam-se e estão mesmo a ganhar novo fôlego um par de moradas históricas, caso por excelência da peixaria da Fernando VII, onde se abastece metade de Madrid, mas também da taberna La Ardosa (Calle Colón, 13), especializada em cervejas e tortilhas de batata há mais de cem anos. Já os negócios de áudio e vídeo que antes dominavam o comércio por estas bandas (ainda persistem um ou outro) estão a dar lugar a galerias de arte, lojas de design, vestuário, mercearias gourmet e restaurantes seleccionados.
Em Salesas encontram-se lojas de marcas de roupa como as francesas Maje (Conde Xiquena, 7) e Zadig And Voltaire (Almirante 27), a dinamarquesa Vallmai (Fernando VI, 8), bem como lojas multimarcas das quais a mais badalada será a Yube (Fernando VI, 23), que representa Paul & Joe, Moncler e See By Chloé. Aberta há mais de três anos, a Yube é já uma instituição, mas há outras mais recentes ou ainda a chegar, como a casa de malas e acessórios espanhola Malababa (Santa Teresa, 5). Marc Jacob acaba de abrir na Marqués de la Ensenada, mas é por enquanto caso único neste bairro de gente com dinheiro e bom gosto, mas pouco dada à ostentação das grandes marcas multinacionais.
No mesmo comprimento de luxo refinado, destacam-se lojas como E-mio (Campoamor, 9) com artigos originais para crianças, Gaudí (Argensola, 13) livraria dedicada às artes, Cacao Sampaka (Orelllana, 4), especializada em chocolate, e a Amate (Argensola, 6), paraíso para amantes de chá. Não muito longe ficam o Privée (Bárbara de Braganza, 8), o primeiro bar de champagne de Madrid, El Son (Fernando VI, 6), ponto de encontro do mundo da moda, e um punhado de restaurantes na berra, como o Asiana (Travesa de San Mateo, 4), que também é loja de antiguidades asiáticas.
Há pelo menos um candidato a ícone da nova Salesas, mas que está longe de ser consensual. A dona de um prédio de 1886 (Campoamor, 16) confiou a renovação da fachada de 700 metros quadrados ao artista madrileno Jack Babiloni, que a pintou de cimo abaixo com ilustrações de As Metamorfoses de Ovídio. Uns aplaudem a ousadia, outros dizem que é pior que grafitos.
TriBall
Ao fundo da rua Ballesta, a dois passos da Gran Vía, é o vai-evem do costume de prostitutas baratas, traficantes de drogas e outros marginais. Numa das esquinas da rua há, no entanto, uma nova figura que já pertence a outro filme. Falamos de um painel de azulejos, típico da street art, que representa um saxofonista surreal, em cuja gabardina se anicha o famoso (pelo menos em Espanha) par de bailarinas dos anúncios aos perfumes Gal. Resulta num sugestivo cruzamento de imaginários, que cruza a galeria de arte e a rua de má fama. Funciona, em qualquer caso, como um sinal inequívoco da nova dinâmica urbana que de há um par de anos a esta parte se vem verificando em TriBall.
O nome não tem nada a ver com tribos, antes resulta de declinar Tribunal (vértice de um triângulo que integra a Gran Vía e a Fuencarral) com a supracitada Ballesta, eixo principal desse enclave madrileno. TriBall, subintitulada Ocupação Criativa, é uma associação de comerciantes apostados na regeneração urbana de um dos bairros mais centrais e, no entanto, mais degradados da capital espanhola. Drogas e prostituição, sex shops e bordéis ainda subsistem, mas são agora em menor número e passaram a partilhar as ruas com negócios alternativos, o género que se encontra em Fuencarral, ou no bairro da Chueca, mas em geral com preços mais económicos e com propostas porventura ainda mais alternativas.
A lista inclui lojas de moda como La Maison (Valverde, 29), que agrupa jovens estilistas, designers e fotógrafos, Carlos Diez, nome de culto da moda espanhola que aqui expõe as suas roupas dentro de antigos frigoríficos (Loreto y Chicote, 9), ou ainda Corachán y Delgado (Barco 42), espantosa loja de vestuário vintage, repleta de autênticas peças de museu de marcas como a Christian Dior, a Lanvin e a Guy Laroche, sobretudo das décadas de 20 a 60.
Madrid Rio
É um dos projectos mais ambiciosos da Madrid do novo milénio. (O parque foi terminado e está já disponível para ser apreciado por todos desde Abril de 2011). Um megaprojecto que começou por soterrar a circular M30, desviando da superfície para túneis o fluxo diário de 230 mil automóveis. A segunda fase levou à requalificação do espaço libertado, que atinge cerca de seis quilómetros de extensão ao longo do rio Manzanares. Pois é verdade que em Madrid passa um rio, pequeno mas ainda assim um rio, raramente visto pelos turistas, tanto ou ainda menos usufruído pelos madrilenos, para os quais tem funcionado como uma espécie de fronteira entre o centro e a periferia.
O projecto Madrid Rio pretende justamente devolver o rio à cidade e convertê-lo num novo vínculo entre quem vive nas suas margens. A operação passou pela criação de zonas verdes e de lazer ao longo do curso fluvial, mas também pela reabilitação das pontes já existentes e lançamento de mais uma dezena, no total de 33. Existem diversas passagens paralelas, pedonais, como as que ligam a estufa do Invernadero e do antigo Matadero com os bairros periféricos de Arganzuela e Usera, onde vivem cerca de 300 mil pessoas.
As pontes gémeas têm a assinatura de Daniel Canogar, jovem artista madrileno, e são formadas por tabuleiros de betão cobertos por cúpulas forradas de mosaicos por dentro. Têm a particularidade de ser ilustradas com imagens de habitantes daqueles mesmos bairros. Canogar começou por convocar meia centena de anónimos, habitantes das vizinhanças, que fotografou num dos pavilhões do Matadero, içando-os por meio de gruas, de forma a retratá-los em contrapicado, como se flutuassem no ar.
Depois passou as fotografias para o computador e converteu cada pixel em tesselas de vidro reciclado, num total de 6,6 milhões, que vieram a ser colocadas manualmente. A ideia é criar uma espécie de portal decorado (o jornal ABC chamou-lhe "A Sixtina de Manzanares") para ilustrar a diversidade dos habitantes das redondezas incluindo um professor de 80 anos, uma criança com o seu cão, um rapaz que oferece flores à namorada, mas também um ícone, capaz de funcionar como uma nova porta de entrada no centro de Madrid.
A Fugas viajou a convite do Turismo Espanhol
Como ir
O meio mais tranquilo, ecológico e vagaroso (mas com a vantagem de poupar noites de hotel) de fazer o percurso Lisboa-Madrid é o Lusitânia Expresso. Os comboios partem de noite e chegam de manhã, tanto para cá como para lá. Ida e volta a partir de 94€. Voando em low costs, em época baixa, encontram-se passagens a menos de 10€.
Onde ficar
Room Mate Antes em Madrid só havia hotéis corporativos ou pequenas pensões, agora os hotéis boutique não param de inaugurar. Neste sector da hotelaria mais refinada, um dos nomes mais badalados é o da cadeia Room Mate de Kike Sarasola, já com quatro unidades abertas no centro da cidade. O denominador comum é o princípio de que a melhor maneira de conhecer uma cidade é ter lá amigos, de modo que as sucursais têm nomes como Mario, Laura, Alicia e Oscar. "Amigos" em qualquer caso sofisticados, quando os espaços comuns mais parecem bares lounge e os quartos são decorados com peças de design de autor.
www.room-matehotels.com
Onde comer
A presente reanimação de Las Salesas e TriBall passa e muito pela oferta gastronómica que, como tudo o resto, é mais refinada e cara na primeira direcção e mais alternativa e popular na segunda.
Em Las Salesas merecem destaque El Pepinillo de Barquillo (Barquillo, 42), que propõe cozinha criativa na base do tradicional, Pulcinella (Regueros, 7), um dos melhores italianos de Madrid, e La Kitchen (Prim, 5,) especializado em cozinha mediterrânica. Em TriBall, além do supracitado La Ardosa, o que não falta são amostras de cozinhas do mundo, desde o Equador à China, passando pela Turquia, mas também sabores locais como os pinchos (espetadas) e tapas de El Circo de las Tapas (Corredera Baja de San Pablo, 21) e a comida caseira do clássico Perico (Ballesta, 18).