Fugas - Viagens

Nelson Garrido

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Branda da Aveleira, herança de pastores

Para Sul temos Rouças e, seguindo então de aqui para Norte, de novo a caminho do cruzamento do Batateiro, entramos em terras da Gavieira, onde, com alguns desvios a pedir força nas pernas, podemos perder o sentido das horas em algumas das suas brandas, de entre as quais São Bento do Cando, com a sua capela, é a mais famosa.

Separados da Peneda por um vale e uma coluna de granito do mais agreste e imponente que se vê por aqui, a estrada leva-nos já para a casa dos últimos dias. O sol trocou-nos por um mergulho no horizonte a oeste, mas o gado, esse, tomou as ruas e os quintais, fazendo pouco do direito à propriedade privada e lembrando o tempo em que, na solidão da serra, ninguém se lembraria sequer de o invocar. E aceitamos, então, a sua ruminante companhia.

Como ir

De Lisboa deve tomar-se a A1 e, a partir do Porto, a A3, até Valença. Nesta cidade toma-se a EN101, em direcção a Melgaço. A parte mais sinuosa do percurso leva-nos até Gave e, da freguesia, até à Branda da Aveleira.

Onde ficar

Na Branda da Aveleira, ficámos bem alojados na Casa da Bica, mas há pelo menos oito outras opções com tipologias e grau de equipamento disponibilizado diverso. Há informação sobre todas elas agregada em www.brandadaaveleira.com.

Onde comer

Afastada da civilização, a Branda não tem sequer um café. Fazer compras em Melgaço é uma hipótese. A outra é planear percursos que incluam passagens por Lamas de Mouro ou Castro Laboreiro, onde há restaurantes.

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