Coco Cay, uma espécie de paraíso
Não jantamos em terra, portanto, e sendo assim estreamo-nos na noite de gala a bordo. E não esperávamos que a coisa fosse tão levada a sério: elas esmeram-se mesmo, usam vestidos compridos e saltos altíssimos, maquiam-se comme il faut e em alguns casos são penteadas por profissionais. De qualquer forma, daqui a nada encontrá-las-emos de sapatos na mão e já desgrenhadas, a dançar desenfreadamente hits dos anos 80.
Ao terceiro dia a bordo, chegamos a uma espécie de paraíso. O Monarch of the Seas pára ao largo e os passageiros são transportados numa embarcação mais pequena para Coco Cay, uma ilha privada da Royal Caribbean. Não há muito a dizer sobre o cenário, que é simplesmente de postal ilustrado. Coqueiros, areia branca e um mar que enfeitiça e está feito o sumário.
Pomos os pés em terra e o poder magnético do mar é quem mais ordena. Entramos e, oh heresia!, chegamos a pensar que está frio. Vamos avançando calmamente mar adentro - a maré está muito baixa -, com cuidado para evitarmos os restos de corais. Mergulhamos finalmente e rimo-nos de nós próprios: a água está tépida, sopa para quem vive no Norte de Portugal.
Por 16 dólares (11 euros), é possível alugar material de snorkelling para a totalidade das horas de permanência em Coco Cay (das 8h30 às 16h30). Esta é, aliás, a mais popular das actividades da ilha. Diz quem experimentou que vale muito a pena: os cardumes são abundantes, diversificados e coloridos, os corais também estão lá e há até um avião afundado para explorar (mas este tem mão humana).
De resto, Coco Cay tem meia dúzia de lojas de artesanato (não propriamente espectaculares, encontrámos apenas um sexagenário a esculpir belas máscaras em madeira) e as infra-estruturas indispensáveis para um dia na praia: casas de banho e mesas e bancos de madeira. A comida vem do Monarch of the Seas.
Coco Cay é uma ilha pequena - uma volta completa há-de dar-se em menos de uma hora. Quanto mais nos afastamos do lugar de desembarque, mais deserta vai ficando e mais temos a sensação de estar numa ilha paradisíaca, perdoem o lugar-comum. E à medida que o relógio avança e se aproxima a hora de largada do último barco com destino ao Monarch, mais belo fica o cenário. O sol está agora mais radioso, o céu mais azul e há muito menos gente em terra. Até dá vontade de perder o último transbordo e de ficar aqui a ver navios.
Preços
O Monarch of the Seas intercala cruzeiros de três noites (sai todas as sextas-feiras) com cruzeiros de quatro noites (sai todas as segundas-feiras). No primeiro caso, o circuito é Port Canaveral/Coco Cay/Nassau/Port Canaveral; no segundo Port Canaveral/Nassau/ Coco Cay/Key West/Port Canaveral.
Preços para três noites: a partir de 320 euros (cabine interior) até a partir de 600 euros (suite). Nos percursos de quatro noites, nas mesmas acomodações: a partir de 380 e de 730 euros. Um cruzeiro deste tipo, de curta duração, é um óptimo complemento para quem visita a Florida.
A Fugas embarcou no Monarch of the Seas a convite da Royal Caribbean