Fugas - Viagens

  • Lisbon Lovers
    Lisbon Lovers Enric Vives-Rubio
  • Lisbon Lovers
    Lisbon Lovers Enric Vives-Rubio
  • Lisbon Lovers
    Lisbon Lovers Enric Vives-Rubio
  • Produtos LL: Canecas
    Produtos LL: Canecas
  • Produtos LL: Miniblocos
    Produtos LL: Miniblocos
  • Produtos LL: Blocos
    Produtos LL: Blocos
  • Produtos LL: Crachás
    Produtos LL: Crachás
  • Produtos LL: Ímanes
    Produtos LL: Ímanes
  • Produtos LL: Etiqueta de mala
    Produtos LL: Etiqueta de mala
  • Produtos LL: Saco
    Produtos LL: Saco
  • Produtos LL: T-shirt
    Produtos LL: T-shirt
  • Produtos LL: T-shirt
    Produtos LL: T-shirt

A nova loja dos amantes de Lisboa

Por Mauro Gonçalves

A Lisbon Lovers inaugurou casa própria, no Príncipe Real. São produtos inspirados em Lisboa e criados por dois lisboetas apaixonados pela cidade. Esqueça as velhas lojas de souvenirs. Estes “amantes de Lisboa” pegam na calçada, no eléctrico e nas sardinhas, em Pessoa, no Santo António ou nos corvos e juntam-lhe um design inovador. A aposta é na divulgação cultural e na promoção da capital aquém e além-fronteiras.

Lisbon Lovers, a marca que “pegou” em Lisboa e fez dela um produto criativo, tem agora um espaço só seu, de portas abertas para a praça do Príncipe Real. Já era possível encontrar um íman aqui, uma t-shirt acolá – por exemplo, em quiosque nos Armazéns do Chiado, ou na loja online –, mas a nova e primeira loja oficial reúne agora todo o portefólio da marca de todos “os que amam Lisboa”.

Os “Lisbon Lovers” são João Coelho e Luís Beato, colegas e amigos, do ramo do design e da publicidade, que decidiram, em 2010, dar à capital portuguesa “uma imagem à sua altura”. Sabiam, desde início, o que não queriam ser – mais uma loja de souvenirs, daquelas onde os galos de Barcelos e as bonecas nazarenas se amontoam sem preceito. “Sentimos a necessidade de ter em Lisboa aquilo que víamos lá fora, uma identidade, uma imagem”, afirma João Coelho, copywriter de 36 anos.

Um projecto que, contudo, nunca quis ser apenas uma loja de merchandising, confessam, mas sim uma forma diferente de sentir a cidade. “Quisemos criar um sentimento de pertença a uma comunidade que fosse partilhado por todos os amantes de Lisboa – pessoas que, gostando da cidade, gostam de partilhar aquilo que nela há de mais interessante”, explica Coelho.

Por isso, além dos pontos de revenda e, agora, da loja, a Lisbon Lovers esforça-se por dar a conhecer locais e experiências que a cidade tem para oferecer, seja bares ou restaurantes, miradouros ou percursos alternativos. O próprio site da marca “pretende, de certa forma, ser um guia de Lisboa, um espaço que concentra tudo aquilo que gostaríamos de recomendar a amigos que visitem a cidade”, sublinha.

“Adoramos ser lisboetas e cada vez que viajamos achamos que temos coisas tão boas ou melhores do que as que existem lá fora. Por isso, não podíamos abandonar um produto que tem tanto potencial, nem deixar de fazer alguma coisa à volta disso”, explica Beato, o designer de 57 anos que constitui a outra metade da equipa.

Os dois sócios falam numa marca carregada de emoção, tal como a própria cidade. O nome Lisbon Lovers surgiu cedo, associado à ideia de estampar algumas t-shirts – um projecto modesto que depressa se transformou num plano ambicioso e que, passado mais de um ano de ponderação, ganhou pernas para andar.


Sardinhas e corvos

A calçada, o eléctrico, as sardinhas, Fernando Pessoa, Santo António e os corvos – emblemas da cidade que reaproveitaram, modernizaram e coloriram de forma inesperada. “Vamos buscar símbolos que são de todos os dias e damos-lhes uma nova imagem”, afirma João. Os corvos são o melhor exemplo de um símbolo da cidade, pouco usado pelos próprios lisboetas, mas uma das figuras mais célebres das prateleiras da loja. As sardinhas, emblema das festas de Lisboa, também fazem furor, dentro e fora do país.

A Lisbon Lovers propôs-se desde início a apostar num design original e a criar uma linguagem identificativa da marca. Começaram pelas tonalidades mais urbanas como o preto, o branco e o cinzento, com apontamentos em vermelho, mas hoje, a paleta alargou-se, porque “Lisboa é cor e é luz”. Há ímanes com Fernando Pessoa em fundo amarelo, crachás e blocos com eléctricos berrantes, e nenhum deles traz a inscrição “Lisboa” – as imagens falam por si.

--%>