Fugas - Viagens

  • Hotel Oriental Bay Beach
    Hotel Oriental Bay Beach Rui Gaudêncio
  • Hotel Oriental Bay Beach
    Hotel Oriental Bay Beach Rui Gaudêncio
  • Hotel Oriental Bay Beach
    Hotel Oriental Bay Beach Rui Gaudêncio
  • Hotel Oriental Bay Beach
    Hotel Oriental Bay Beach Rui Gaudêncio
  • Marina de Saidia
    Marina de Saidia Rui Gaudêncio
  • Medina Center
    Medina Center Rui Gaudêncio
  • Marina de Saidia
    Marina de Saidia Rui Gaudêncio
  • Saidia
    Saidia Rui Gaudêncio
  • Saidia
    Saidia Rui Gaudêncio
  • Saidia
    Saidia Rui Gaudêncio
  • Oujda
    Oujda Rui Gaudêncio
  • Oujda
    Oujda Rui Gaudêncio
  • Oujda
    Oujda Rui Gaudêncio
  • Estrada nas montanhas de Beni Snassen
    Estrada nas montanhas de Beni Snassen Rui Gaudêncio
  • Estrada nas montanhas de Beni Snassen
    Estrada nas montanhas de Beni Snassen Rui Gaudêncio
  •  Gruta do camelo nas montanhas de Beni Snassen
    Gruta do camelo nas montanhas de Beni Snassen Rui Gaudêncio
  •  Gruta do camelo nas montanhas de Beni Snassen
    Gruta do camelo nas montanhas de Beni Snassen Rui Gaudêncio
  • Região de Saidia
    Região de Saidia Rui Gaudêncio
  • Região de Saidia
    Região de Saidia Rui Gaudêncio
  • Junto ao Cabo das Três Forcas
    Junto ao Cabo das Três Forcas Rui Gaudêncio
  • Estrada entre o Cabo das Três Forcas e Melilla
    Estrada entre o Cabo das Três Forcas e Melilla Rui Gaudêncio
  • Saidia, junto ao Cabo das Três Forcas
    Saidia, junto ao Cabo das Três Forcas Rui Gaudêncio
  • Na Medina de Saidia
    Na Medina de Saidia Rui Gaudêncio
  • Saidia
    Saidia Rui Gaudêncio

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As enseadas e as curvas escondem as Três Forcas do resto do mundo

Os operadores portugueses trabalham com os três hotéis de topo de Saidia - Iberostar Saidia, Be Live Grand Saidia, além do Oriental Bay Beach -, todos sobranceiros ao mar, com um total de 1600 quartos. A linha de praia impõe-se à volta deles, apesar do campo de golfe, das piscinas, dos campos de ténis, do campo de tiro e de uma ciclovia acabada de fazer em Maio. O que Saidia tem sobretudo para oferecer fica do outro lado da rua: uma praia com 14 quilómetros de extensão, um mar raso por causa de um grande banco de areia, uma água azul com temperatura mediterrânica, uma marina com mais de 800 amarrações e o jet-ski como desporto aquático de eleição dos turistas e, ao que contam, do rei.

Mediterrânica é também a areia, fina e mais escura que a da costa portuguesa. Totalmente aberta a norte, com a cordilheira montanhosa do Rif a sul, Saidia tem dias de vento, com sopro morno a quente mediterrânico, distante do bafo saariano.

Gerardo Fernandez declara que este é um Verão de teste para a região e que "o futuro tem que se o ganhar", captando segmentos que procurem mais do que sol e praia. Acredita que o potencial de Saidia, baseado na "nobreza de uma praia virgem" e numa "mão-de-obra amável", precisa de uma oferta complementar ao turismo de família, sol e praia, que explore os recursos naturais e históricos da região.

Para lá dos muros dos hotéis e da praia, Marrocos é outra história. A região Oriental tem sempre um rio chamado Kiss a separá-la da Argélia, vizinha natural em toda a linha para sul a pouco mais de cinco quilómetros de distância. As montanhas argelinas vêem-se de qualquer ponto de Saidia e a vida transfronteiriça decorre pacatamente, apesar das fronteiras fechadas há 15 anos. Diz o povo de Saidia e Oujda que as fronteiras são uma "coisa política", fora do mundo das "pessoas" que continuam a atravessá-las para os casamentos transfronteiriços, para a celebração dos dias de festa comuns e para o contrabando de tachos de alumínio, gasóleo, gasolina e cigarros. Do lado de cá, o combustível fica por metade do preço, mas ouve-se logo o conselho de que não seja utilizado em carros de boa cilindrada ou novos, "como os dos emigrantes", porque é de menor qualidade e os motores acabam sempre por avariar.

Queixas velhas

Ainda circula na região um velho mas útil guia turístico de 1994 sobre o Oriental marroquino, que se queixa do "lugar bastante pobre" que a literatura turística consagra à região de mar, planaltos, planícies, muita terra fértil e deserto, cujo maior oásis é Figuig. Era assim há quase 20 anos e hoje não está muito longe disso. Fora das rotas das cidades imperiais do reino e de circuitos "facilmente acessíveis a partir das grandes cidades", o dilema do Oriental é fazer valer os "méritos" de Oujda, Nador ou Figuig em concorrência com Marraquexe ou Fez. E aí entram os trunfos dos recursos naturais da região que os quer usar como destino de evasão: as praias mais vastas de Marrocos, as enseadas que se multiplicam especialmente à volta do cabo das Três Forcas, algumas delas de acesso apenas pelo mar, as montanhas e os oásis e dunas. Para os visitar, é preciso atravessar as três grandes cidades da região e tudo à distância de uma centena de quilómetros, a partir de Saidia, descobrindo a única região do país a gozar de uma identidade tão mediterrânica quanto saariana, assegura o velho guia.

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