Fugas - Viagens

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    Mote: "A partir do dia 14 de fevereiro é este o Portugal que queremos conhecer" DR
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Quanto Portugal conseguirão eles ver com 25 euros?

Por Vânia Marinho

"Até onde vais com 5 euros?" É a pergunta de um grupo de cinco jovens à descoberta do Portugal rural numa carrinha. Orçamento: cinco euros cada um, que "a falta de dinheiro não é impedimento para conhecer" o país. Contam com a solidariedade e estão preparados para trabalhar em troca mas fazem finca-pé num ponto: não aceitam dinheiro. Pode também segui-los no blogue da Fugas.

[siga a viagem em Blogues Fugas: Até onde vais com 5 euros?]


Têm entre 19 e 24 anos e partilham o "sonho" de se aventurarem no "desconhecido", procurarem a "essência, a simplicidade" e de superarem "obstáculos", até de se superarem "a si mesmos". Esta é a teoria.

A prova prática destes estudantes será meterem-se ao caminho para conhecerem Portugal de Norte a (esperam) Sul. A aventura "Até onde vais com 5 euros?", que começa a 14 de Fevereiro (data do último exame dos jovens universitários), até conta com um apoio extra, uma carrinha emprestada. Mas, de resto, levam apenas, cada um, uma mochila com roupa, um garrafão de água ou um estojo de primeiros-socorros. E, especialmente, levam um orçamento muito reduzido: cinco euros para cada um dos cinco. A ajudar, esperam contar com a solidariedade dos portugueses.

O roteiro da viagem passa por (re)descobrir o país e mostrá-lo muito para além dos centros urbanos e dos centros históricos, como diz à Fugas um dos viajantes, André Oliveira. Querem mostrar o "Portugal rural, as suas tradições, potencialidades, pessoas, instituições, projectos e culturas." Uma parte do país da qual se consideram fazer parte - os aventureiros são originários de Almeida, Gouveia, Mação, Covilhã e do Fundão - e que, apesar da sua "grande beleza", vêem pouco conhecida ou valorizada e com poucos visitantes.

Está dado o mote para esta odisseia lusa. E sendo que o obstáculo inicial foi de carácter monetário, fizeram do dito a essência do projecto. Já definiram o que queriam mostrar e agora vão ver até onde conseguem ir. Além de André, o grupo é constituído por Alexandre Alverca, Artur Conde, Patrícia Félix e Tiago Leitão - todos estudantes de Gestão de Eventos na Escola Superior de Idanha-a-Nova.

André explica-nos que a palavra "troca" consegue resumir todo o projecto. É da solidariedade das pessoas que dependem mas esperam funcionar num "sistema de troca". Querem "prestar serviços em troca de comida, estadia ou combustível", as únicas coisas que aceitam nesta jornada, sublinha. "Não aceitamos dinheiro".

Vão sem destino mas levam o nome e a cultura dos seus concelhos na viagem, em folhetos e produtos regionais que esperam levar a outras regiões. De região em região esperam dá-las a conhecer umas às outras. E, como o Padrão que os portugueses levaram nos Descobrimentos, também este grupo espera deixar uma marca física da sua passagem nas diversas regiões, marca que ainda não foi definida mas para a qual estão a aceitar sugestões dos seguidores da página online.


Por Portugal

A carrinha foi emprestada pela empresa de caravanismo West Coast Campers, têm camisolas com o logo do projecto oferecidas pela empresa Dimensão do Pensamento e conduzem-se com a certeza de que terão combustível quando passarem pelos concelhos dos elementos da equipa. Contam também com o apoio de empresas e instituições (do Portal de Gouveia à Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova, da Junta de Freguesia de Vila Cortês da Serra ao município de Mação).

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