Fugas - Viagens

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Sara e Pedro, uma longa lua-de-mel a pedalar por amor

Neste momento, o casal encontra-se a meio do périplo pelo México, que “está a ser uma grande surpresa”. “São vários países num só: tem a parte do deserto, depois toda a parte colonial, tem praias, uma das maiores cidades do mundo e as pessoas são muito calorosas”, descreve Sara. Antes tinham estado seis meses nos EUA.

Começaram a odisseia em Boston, viram o pôr-do-sol no topo do Empire State Building em Nova Iorque e encantaram-se com as largas avenidas de Washington DC. Depois atravessaram o país de um ponta à outra pela ciclovia 76, mais conhecida como TransAmerica, onde começaram verdadeiramente a pedalar. No caminho até à costa ocidental norte-americana, subiram três cadeias montanhosas – Apalaches, Montanhas Rochosas e Cordilheira das Cascatas – provas difíceis de superar mas que deixaram “sempre um sentimento de conquista muito grande” e que encantaram com as “paisagens bonitas”. O Parque Nacional de Yellowstone, com os seus geisers, lagos de cores extravagantes e cascatas, “é quase um sítio do outro mundo” e “foi muito interessante ver as mudanças dos EUA” há medida que avançavam.

O regresso a Portugal está marcado para 2015, de preferência no início do Verão para não ficarem “muito deprimidos com o fim da viagem”. “Acho que o pior de tudo será o pós-viagem, a readaptação a uma vida sedentária”, avança Pedro, esperando momentos de “inquietude” no retorno a casa. Já Sara acredita voltarem “mais cúmplices e unidos”, com um “interesse acrescido em bicicletas”, mais desenrascados, com vontade de viajar e fazer mais exercício e de não voltar a “trabalhar desenfreadamente”.

Para já, esta viagem “deixou de ser um evento extraordinário para passar a ser a rotina diária”. “Arrumamos as coisas de manhã na bicicleta e fazemos os quilómetros do dia, chegamos, procuramos um sítio para dormir e falamos com pessoas”, enumeram. “Já é quase mais um modo de vida diferente do que pura e simplesmente uma viagem”.

Uma longa e extraordinária lua-de-mel que, garantem, não trocavam por nada.
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