Fugas - Viagens

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Um raid uns furos acima por paisagens de sonho e caminhos algo rupestres

Já outros dois participantes tinham sofrido furos quando chegou a vez do CLK em que seguia a Fugas sofrer um rasgão no pneu da frente do lado esquerdo. O CEL e a Bridgestone, que patrocinou o MB4ME, tinham tido o cuidado de registar as medidas dos pneus utilizados por todos os modelos presentes e de transportar pelo menos um pneu sobresselente. Sucede que o CLK da Fugas não tinha roda sobresselente, mas apenas kit de espuma anti-furo.

Uma solução para pregos espetados no piso do pneu, mas não para rasgões onde cabem dois dedos na parede lateral do pneumático. O CEL tem sempre um jipe a fechar a comitiva pilotado por um dedicado e engenhoso mecânico e este, à custa de tacos, lá conseguiu estancar a fuga de ar.

Com as malas fora do carro a equipa do CLK viu um barco-hotel a passar no Douro a poucos metros, como se estivesse prestes a mudar de tipo de transporte. Mas continuou sobre rodas. A partir de Barca D’Alva, já próxima, foi recolhida por uma pick-up da organização que a levou além-fronteira, até Ciudad Rodrigo, a pouco mais de cem quilómetros dali.

Outros elementos da organização — que conta com dez pessoas, sobretudo voluntários, mas que parecem muitas mais, tal é a forma como parecem sair de debaixo das pedras para estarem em todo o lado — trataram de levar, com várias paragens de caminho para repor a pressão do pneu furado, o CLK até Ciudad Rodrigo.

Aqui, apesar de ser sábado à noite, já havia uma oficina de prevenção, previamente contratada pelo CEL para acudir a qualquer emergência. À hora do jantar, no castelo-Parador de Ciudad Rodrigo, um monumento do séc. XIV, a Fugas, que só perdeu a visita a San Felices de los Gallegos, já estava a recuperar a sua CLK com um pneu novo. E a partida, no domingo de manhã, foi marcada para umas preguiçosas 10h. Olé!

Os últimos quilómetros fora do asfalto em Espanha já não tiveram montes por companhia, mas planura a perder de vista e muita lama argilosa. Foi com o desmazelo que se imagina que os carros se perfilaram junto ao Convento de San Esteban para a fotografia de grupo da praxe, com a fachada rendilhada do templo, de estilo plateresco, em fundo.

E foi daí que o grupo se encaminhou a pé para a Plaza Mayor, uma das mais bonitas de Espanha, para ser recebido pela vice-alcalde e assomar à varanda, onde o presidente dos Estados Unidos é alvejado no filme Ponto de Mira, de 2008. Na verdade, o filme não foi rodado aqui. A praça é um conjunto classificado e foi recriada como cenário no México.

Após uma visita à cidade e a alguns dos seus principais monumentos, com passagens óbvias pela universidade, pelas catedrais nova e velha e pela Casa das Conchas, o grupo almoçou numa sala imponente do Colégio de Fonseca, do séc. XVI, e visitou o Museo de História de La Automoción de Salamanca, cujo acervo inclui desde reproduções de máquinas do século XV através das quais o homem começou a ensaiar formas de se deslocar com menos esforço até alguns dos bólides que, não há muitos anos, disputavam vitórias em grandes prémios de Fórmula 1 ou em provas do Campeonato do Mundo de Rali. Cumpriu-se o MB4ME 2014. Para 2015, se tudo correr bem, há mais.

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