Fugas - Viagens

  • Sara e Pedro
    Sara e Pedro
  • Rita
e Leandro.
    Rita e Leandro.
  • Anabela e Alexandre
    Anabela e Alexandre
  • Natali
e João
    Natali e João
  • Sofia, Quentin, Gabriela e Tiago
    Sofia, Quentin, Gabriela e Tiago

E se fôssemos os dois viajar pelo mundo?

Por Mara Gonçalves

Cinco casais. Em comum, o amor - um pelo outro e pelas viagens.

Sara e Pedro
Uma longa lua-de-mel “de bina” pelas Américas
Sara e Pedro Marques de Sousa planeavam uma grande viagem de bicicleta, mas esta rapidamente se transformou numa aventura muito maior e especial: casamento e lua-de-mel, pedalada durante dois anos pelo continente americano. Trocaram alianças em Dezembro de 2012 e cinco meses depois trocavam tudo o resto, menos o amor um pelo outro: a casa, o carro e os empregos por uma tenda, duas bicicletas e o início de um casamento durante o qual já “viveram tanta coisa” que “não é fácil resumir”, confessam à Fugas, a partir do Brasil.

Depois de seis meses a pedalar os Estados Unidos, que elegem como o melhor país para viajar de bicicleta, viveram largas semanas no México, um dos preferidos até agora “pela alegria e amabilidade do povo, pela cultura, arte, arquitectura, história e fantástica comida”. De seguida, foram percorrendo os países da América Central até novo ponto alto da viagem: “a ligação de veleiro até à América do Sul”. “Passámos cinco dias no barco, três dos quais no arquipélago de San Blas [no Panamá], umas ilhas paradisíacas, de coqueiros, recifes e pouco mais”, contam. Depois de três meses na Colômbia, dos desafios de altitude no Equador e de uma breve passagem pelo Peru, Sara e Pedro pedalam agora pelo Brasil em direcção ao Uruguai e depois à Argentina, onde, no final de Fevereiro, terminará o romântico périplo.

De todo o percurso destacam sobretudo “o simples contacto com a população local”, que se torna mais “intenso e único” por viajarem de bicicleta, e “a amabilidade e hospitalidade da maioria das pessoas”. Agora, a um mês do voo que marcará, simultaneamente, um fim e um novo início a dois, reina “alguma ansiedade no regresso a casa”, misturada com o “receio do que será voltar às rotinas normais do dia-a-dia”, depois de uma “vida nómada e de muita liberdade”. Nos planos está procurar novos empregos, regressar à universidade e ter filhos. O que não desaparece é a vontade de novas aventuras, nem que seja “por períodos mais curtos”.

nosdebina.com


Rita e Leandro
No caminho pela sustentabilidade, um rebento muito especial
Quando partiram na Amarela, uma autocaravana que adaptaram para se mover a óleo de fritar usado (combustível mais ecológico), Rita Bragança e Leandro Fans planeavam correr 50 países dos cinco continentes durante um mínimo de dois anos. O prazo estabelecido passou sem que chegassem além da Turquia. É que a “estrada de tijolos verdes” — nome que a portuguesa e o uruguaio deram a este projecto itinerante e sustentável — revelou-se “muito mais longa” do que pensavam e “uma excelente descoberta” que se tornou, acima de tudo, um “estilo de vida”.

Depois de sete semanas em Salento, no Sul de Itália, atravessaram para a Grécia, rumo a uma quinta em Monte Pelion, passando por um ecocentro no Peloponeso. “Ao subir a montanha, eu colada ao vidro fascinada com as montanhas e o Leandro colado ao volante fascinado com as curvas e contracurvas da estrada, percebemos logo que aquele lugar era especial”, conta Rita. A visita de três dias passou a quatro meses, primeiro, e agora a um regresso que durará mais de um ano, depois de uma ida a Pelion e à Turquia.

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