Informações
As Feroe estão situadas no Oceano Atlântico Norte, 430 quilómetros a sudoeste da Islândia, 600 a oeste da Noruega e 300 a noroeste da Escócia — Copenhaga dista 1300 quilómetros do arquipélago. No total, são 18 ilhas separadas por estreitos fiordes, cobrindo uma área total de quase 1400 metros quadrados, com uma extensão de 113 quilómetros de norte a sul e 75 de oeste a leste. Em média, o território situa-se 300 metros acima do nível das águas do mar e a linha costeira abraça quase 1300 quilómetros.
As ilhas têm uma população a rondar os 50 mil habitantes e uma densidade de 34,5 por quilómetro quadrado — na verdade a segunda maior entre os países nórdicos, logo a seguir à Dinamarca. A população é de origem escandinava, descendente de vikings provenientes da Noruega, bem como a língua feroesa — oficial desde o século XX —, também dominada por 12 mil residentes na Dinamarca. O dinamarquês é a segunda língua mas uma grande fatia dos locais também percebe e fala islandês, norueguês e sueco, bem como o inglês — mas o islandês permanece como o idioma mais próximo da língua feroesa e o grau de compreensão entre as duas é superior quando comparado com países como a Suécia e a Noruega.
Nas Ilhas Feroe, uma diocese dividida em 14 paróquias e um total de 62 igrejas e nove outros locais de culto, os mais crentes (85%) seguem a Igreja Evangélica Luterana feroesa, mas há outras religiões minoritárias, entre elas a católica, as Testemunhas de Jeová e Adventista do Sétimo Dia, entre outras.
As Ilhas Feroe têm uma bandeira nacional, formada por uma cruz vermelha, bordejada de outra em azul sobre um fundo branco e criada em 1919 por Jens Oliver Lisberg e outros amigos durante o tempo de estudantes em Copenhaga. Mas a Merkiö, como é conhecida a bandeira, significando o título ou a distinção, apenas foi reconhecida pela Dinamarca em 1948, oito anos depois de os ingleses, na altura potência ocupante, a aceitarem nos barcos dos feroeses.
Há duas moedas de valor igual a circular: a coroa feroesa e a dinamarquesa, se bem que o governo local apenas imprime notas (as moedas, tal como as notas, impressas na Dinamarca são aceites em todo o território). Em alguns espaços, nas cidades mais importantes, é provável que aceitem moeda estrangeira mas é mais a excepção do que a regra e o câmbio não será, de forma alguma, favorável ao orçamento do turista.
Os bancos estão abertos de segunda a sexta, entre as 9h30 e as 16h (nem sempre nas pequenas povoações) e existem caixas de multibanco um pouco por todo o lado, mas a maior parte dos espaços comerciais aceita pagamentos através de cartões de crédito (American Express nem tanto como Visa e outros).
Embora se possa dizer que as Feroe estão vinculadas à política de emigração imposta pela Dinamarca, a verdade é que, para as visitar, há condições diferentes no que respeita a vistos de entrada para trabalho, residência e turismo. Enquanto os cidadãos dos países nórdicos não são obrigados a identificarem-se com o seu passaporte mas apenas com um documento que inclua uma fotografia, a maior parte dos turistas residentes no espaço Schengen tem de mostrar um passaporte válido (e não o bilhete de identidade ou o cartão de cidadão), uma vez que as Feroe não estão incluídas no acordo que permite a livre circulação de bens e de pessoas — isto significa, por exemplo, que um visto para a Dinamarca, para quem dele carece, não concede o direito de visitar o arquipélago (a visita tem de ser especificada na altura de requer o visto de entrada).