Entre os novos espaços da Dr. Alfredo da Costa — agora baptizada como Sintra Shopping Street — destaca-se o restaurante Incomum by Luís Santos, chef que veio do Tágide, em Lisboa, para oferecer a quem vive e a quem visita Sintra uma cozinha mais sofisticada, alternativa aos restaurantes tradicionais (para quem a quiser experimentar a um preço mais económico, há um menu almoço durante a semana por 9,50 euros).
Por falar em locais tradicionais, ao lado do InComum fica um dos restaurantes mais queridos para os moradores de Sintra, local de todas as reuniões de família, o Apeadeiro. E, um pouco mais abaixo, junto da Câmara Municipal, outra instituição para quem gosta de comer bem, a Tasca do Manel.
Depois é fazer a Volta do Duche, em direcção à Vila Velha (centro histórico), com paragem obrigatória para comer uma das deliciosas Queijadas da Sapa, a mais antiga marca de queijadas de Sintra, fundada ainda no século XVIII, e que se mantém num espaço muito bonito.
Chegados ao centro, é preciso fugir às armadilhas para turistas, mas há também clássicos a não perder (a Piriquita, claro) e coisas novas a descobrir. Na rua Guilherme Gomes Fernandes abriu, em 2014, o hostel Moon Hill, no local da antiga Pensão Adelaide, e, ligado a ele, o restaurante Caldo Entornado.
Para quem preferir ficar em Sintra como se vivesse ali desde sempre (e para sempre), a melhor opção são os encantadores apartamentos da Casa da Pendôa (recepção na Rua da Pendôa, por detrás do Hotel Tivoli), equipados com cozinha e com vistas sobre Sintra que nos convencem definitivamente que é preciso ficar mais do que a média habitual de apenas uma noite nesta vila.
Vista magnífica, e um espírito da Sintra romântica nas suaves pinturas das paredes, é o que oferece também o salão de chá Dona Maria, Largo Ferreira de Castro, no antigo Hotel Victor, que Eça de Queiroz refere em Os Maias — tal como, aliás, o histórico Lawrence’s, na Rua Consiglieri Pedroso, já não o original do século XVIII, onde esteve alojado Lord Byron, mas uma versão reconstruída há alguns anos depois de três décadas de abandono.
E pronto, para a volta ficar completa faltou-nos passar por São Pedro (e comprar umas miniaturas de queijadas ou travesseiros noutra das casas de referência, a Casa do Preto, em Chão dos Meninos, ou ir tomar uma bebida ao Café da Natália) mas vamos deixar isso para um dos dias da histórica Feira de São Pedro. É só estar atento ao calendário: a feira acontece todos os segundos e quartos domingos de cada mês.