Fugas - Vinhos

  • Simplesmente Vinho em 2014
    Simplesmente Vinho em 2014 DR
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Simplesmente vinho (mas também petiscos e música) na Ribeira do Porto

Por José Augusto Moreira

Mostra alternativa com vinhos diferentes e únicos de 38 produtores das mais diversas regiões, a 27 e 28 de Fevereiro. Há também petiscos de autor e música ao vivo na 3.ª edição do “simplesmente… Vinho”.

Não gostam de títulos ou de classificações, une-os apenas o gosto pela cultura da vinha, por criar vinhos únicos como expressão do terroir e das leis da natureza. São 38 produtores que se vão juntar durante dois dias, na sexta e sábado próximos, dias 27 e 28, para partilhar e dar a provar os seus vinhos. É a terceira edição do “Simplesmente…Vinho”, iniciativa que se apresenta como “manifestação de nicho, independente e alternativa, que reúne na Ribeira do Porto produtores unidos simplesmente… pelo Vinho”.

Junto ao rio, numa cave centenária, onde se juntam também petiscos elaborados por conhecidos cozinheiros e ainda um contexto de cultura e música ao vivo, para que os dois dias terminem em ambiente de verdadeira partilha e convívio.

É aquilo que no meio se convencionou classificar como “salão off”, ou seja, uma mostra de vinhos de nicho que acontece em paralelo com as grandes feiras mundiais no sector do vinho. Assim se passa em Bordéus, com a Vinexpo, em Verona, com a Vinitaly, e em Dusseldorf, com a Prowein. Há três anos que o fenómeno chegou também ao Porto, reforçando assim a ideia de força e grandeza que atingiu já a Essência do Vinho, a mostra que junta praticamente todos os grandes produtores e atrai dezenas de milhar de visitantes e que também na próxima semana, entre quinta a domingo, decorre no vizinho Palácio da Bolsa.

São vinhos que, por contraponto à globalização e industrialização que tem caracterizado o sector nas últimas décadas, classificam como naturais e alternativos. Produtores que procuram igualmente o encontro com um público alternativo e em busca de vinhos diferentes e marcados pela individualidade. Diferenças que, no entanto, “giram em torno de uma ideia comum, que pode ser, por exemplo, um modo de trabalhar (biológico, biodinâmico…) ou um tipo de vinho”, como explicam os promotores. Une-os também “o gosto por vinhos diferentes com uma dose saudável de loucura e poesia”.

Produtores que vão do Douro ao Alentejo, do Minho à Bairrada, Dão e Madeira e aos quais se juntam ainda quatro “bodegueiros” espanhóis. Vinhos diferentes e com carácter próprio, que procuram sempre a expressão do contexto e das parcelas onde crescem a uvas. Dos extraordinários Barbeito (Madeira) aos verdes muito especiais como os Aphros, Quinta da Palmirinha ou Quinta da Covela. Da Bairrada vem Dirk Niepoort com os seus projectos, mas também Luís e Filipa Pato e a Quinta das Bageiras.

O Douro junta rótulos como Muxagat, Conceito, Mapa, Olho no Pé, e as quintas do Infantado, Vale de Pios, do Romeu e de Vale da Figueira. Verdadeiramente únicos são os brancos da casta Vital que Marta Soares produz em condições quase heróicas, em Vale Figueira, na serra de Montejunto, a que se juntam os Quinta da Serradinha e Vale da Capucha em representação da região de Lisboa.

Quinta da Pellada, Lagar de Darei, António Madeira, Casa de Mouraz e Terras de Tavares mostram o potencial do Dão, enquanto a diferença no Alentejo é dada a provar com os vinhos de Miguel Louro, Quinta do Mouro, os Dominó, de Vítor Claro, ou a refrescante novidade das vinhas velhas de João Afonso nos seus Cabeças do Reguengo.

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