Bons Ares Branco 2014
A combinação entre castas internacionais (a Sauvignon Blanc) com variedades tradicionais do Douro plantadas na zona planáltica que antecipa as Beiras dá origem a um dos mais consistentes vinhos brancos portugueses de há uns anos a esta parte. Considere-se que 2014 foi um ano óptimo para os brancos e chega-se então à conclusão de que este Bons Ares é uma aposta sem riscos. Aroma tropical, notas cítricas, excelente volume de boca, uma secura fresca e uma acidez mineral tornam-no muito recomendável para peixes assados e gordos, mas ficará muito bem com queijos ou outras iguarias que pense servir como entradas. Custa 9 euros. M.C.
Kopke Colheita 1965
Quer mesmo impressionar a sua mesa de Natal? Quer dar uma prenda inesquecível? Por tenha em consideração este extraordinário Porto Colheita da Kopke. Os seus aromas são tão intensos e tão originais que chegam a ser enigmáticos. Há ali prenúncios do vinagrinho que dá graça aos grandes Porto velhos. Há sensações de iodo. Há as tradicionais expressões de fruta seca com especial intensidade. Depois há também um impacte na boca memorável. Um pequeníssimo gole dá para impressionar todo o palato e para irradiar complexidade e exotismo pelas fossas nasais, permanecendo nos sentidos durante um longo período. Fresco, sofisticado, sedoso e elegante é um testemunho perfeito da grandeza dos Colheita. Um vinho de outra galáxia. Custa 180 euros. M.C.
Vértice Pinot Noir 2006
Os espumantes portugueses estão bons e recomendam-se. Ora pegue-se neste Vértice de 2006 produzido a partir da célebre casta Pinot Noir cultivada nas zonas mais altas do vale do Douro para o constatar. Belíssimo na cor algo rosada, com um excelente volume de boca, um requinte de frescura temperado por aromas de fruta vermelha sedutores, uma mineralidade que o torna sempre guloso e uma fineza admirável, é um espumante fantástico. Tanto dá para o jantar do Natal (para as entradas, para os pratos principais ou para algumas sobremesas) como para oferecer a alguém especial. E se por acaso sobrar algum exemplar a estes confrontos, vale a pena ter na ideia que a passagem de ano vem logo a seguir. Preço: 47 euros. M.C.
Terras de Tavares Reserva 1997
Não estranhe o ano de colheita, que o Dão clássico é mesmo assim e só chega ao ponto ideal ao fim de muitos anos na garrafa para domar a sua irreverência. Este vinho do inconformado João Tavares de Pina está de ir às lágrimas e será parceiro de excelência para o ambiente de Natal. Complexo, delicado e perfumado mas ainda com aromas de frutos vermelhos, o álcool contido e a frescura da acidez digestiva tanto o recomendam para o bacalhau e azeite como para o assado de peru. Um vinho grandioso. Custa 30€ e já não será fácil encontrá-lo, pelo que, em alternativa, poderá optar pelo Colheita 2002 do mesmo produtor e a preço bem mais convidativo (8,90€). J.A.M.
Encontro1 Branco 2012
Para quem possa torcer o nariz aos tintos e não goste de variações aqui está um branco que o satisfará plenamente e o vai deixar muito bem visto perante a família, amigos e convidados. Exclusivamente com a casta Arinto e com e evidente influência atlântica da Bairrada, é um vinho poderoso e quase opulento, que tem no equilíbrio a sua grande virtude. Gordo e volumoso mas o mesmo tempo fresco e envolvente, é um vinho que alinha tudo por cima, conseguindo um notável equilíbrio e complexidade que o tornam invulgar e imponente. Custa 23€, pede bons copos e também bom apetite. J.A.M.