Fugas - hotéis

  • Nelson Garrido
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Verde é um nome que lhe cai tão bem

À nossa volta, vemos de facto muita pedra, algum vidro, alvenaria — tudo muito bem conjugado e integrado na paisagem. Até na paleta de cores seleccionada, que vai do verde-azeitona aos tons de terra e ferrugem, estes escolhidos para assinalar as áreas de serviço, nota o director do hotel. No edifício nascente, o verde é quem mais ordena dentro de portas; no poente, mandam as cores mais ligadas à terra — e esta foi também uma forma, explica João Portugal, de homenagear os ciclos da vinha. “De um lado, temos as cores das videiras na Primavera; do outro, lembramo-nos mais dos tons que ganham as vinhas no Outono.” A decoração de interiores ficou a cargo de Paulo Lobo, que foi buscar aos antiquários e às tradições locais alguns dos objectos que decoram as paredes dos corredores de acesso aos quartos — é o caso, por exemplo, das pias de pedra ou das grandes arcas de madeira com que nos cruzamos a caminho do quarto que nos calhou em sorte.

É o 12, na casa nascente, e tem ares de Primavera. Do enorme janelão que se rasga de dentro para fora é um manto verde que se vê — as cepas estão agora despidas, mas ainda assim destaca-se o verde do chão de onde elas brotam. E mais verde será o cenário quando, na força do calor, todos estes hectares se transformarem num mar ondulante de vinhas — há aqui Loureiro, Avesso, Arinto, Vinhão e Touriga Nacional — para nos embalar o sono. Para já, esticamo-nos na cama, de onde temos vista, também, para pequenos canteiros onde crescem ervas aromáticas e uma dúzia de limoeiros. E então sim, enroscamo-nos numa manta (verde, naturalmente), pegamos num livro e brindamos com o Tal da Lixa Extra Dry Sparkling — o mesmo que é servido quando da recepção a cada hóspede que aqui chega.

Ficávamos por aqui de bom grado a ver a chuva a cair, mas a directora de vinhos do Monverde, Bebiana Monteiro, conduz uma prova daqui a nada e queremos juntar-nos. Encontramo-la no bar, já a explicar a alguns hóspedes as características dos vinhos da Quinta da Lixa que aqui se vão experimentar. No fim da prova, é ela quem nos explica que o Monverde também quer “ser reconhecido como um espaço de formação de vinhos e gastronomia” e para tal foi criada a Monverde Wine Academy, que organiza várias actividades relacionadas com a temática, destinadas a quem cá está alojado ou ao público em geral. Algumas destas acções podem acontecer na imponente Adega dos Tonéis, mesmo ao lado da loja onde hóspedes e não hóspedes podem comprar algumas das referências da Quinta da Lixa. 

Como ir
Do Porto, é seguir pela A4 (direcção Amarante/Vila Real) e abandonar esta via na saída 14, que indica Felgueiras, Guimarães e Marco de Canaveses. Em seguida, convergir para a A11 e tomar depois a saída 15, no sentido Lixa/Caíde de Rei. Entretanto, hão-de aparecer indicações para o hotel.

O que fazer
Para além dos óbvios passeios pelas vinhas, há também a possibilidade de visitar as instalações da Quinta da Lixa, que fica a uns três quilómetros do hotel, e assim acompanhar o processo de produção vinícola. E uma massagem no spa também é muito recomendada: a oferta vai dos tratamentos com produtos vínicos até à massagem com pedras quentes, que experimentámos e aprovámos. De resto, há uma convidativa piscina exterior e outra interior, igualmente imperdível em tempos mais frios.
Quem preferir sair do hotel, Amarante fica bem perto, a menos de 20 quilómetros. Obrigatório visitar a Igreja de São Gonçalo, o Museu Amadeo de Souza Cardoso e, claro, comprar uma caixinha de doces conventuais: há lérias, foguetes, papos d’anjo e brisas de Amarante, entre outras bombas calóricas.

Nome
Monverde Wine Experience
Local
Amarante, Telões, Quinta de Sanguinhedo
Telefone
255143100
Website
http://www.monverde.pt/
Observações
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