Fugas - hotéis

  • Martin Henrik
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Nesta Maison do Porto, o segredo está nos detalhes

A mãe de Marco e sua sócia no projecto, Maria Irene Schultze, foi a responsável pela decoração. E a busca pelo ambiente ideal para cada quarto levou-a bem longe. Há algumas peças de família, diz Marco, mas poucas. O resto foi comprado em mercados na França e na Antuérpia (Bélgica), em casas de antiguidades em Lisboa ou onde quer que se encontrasse um acessório que vinha mesmo a jeito. Há um quarto com um quadro com notas da China e decoração oriental, contributo de outro membro da família. E a filha de Marco deu a ideia para identificar as casas-de-banho entre a recepção e a sala de pequeno-almoço: uma gravata pendurada no puxador indica a dos homens, alguns colares na porta em frente dizem que ali é o espaço dedicado às mulheres. 

Espreitamos alguns dos quartos que estão vagos e, se tivéssemos que escolher, não sabemos qual queríamos. As cores são tentadoras, as cabeceiras de cama, altas e forradas a tecido, chamam para o descanso, as cabines de chuveiro, nos seus mármores de cores diferentes, convidam a um duche demorado. Felizmente, escolheram por nós e colocam-nos no quarto do último piso. “A decoração é um pouco masculina”, desculpa-se Marco e percebe-se o que quer dizer — há raquetes penduradas nas paredes, remos na casa-de-banho, quadros com gravuras de barcos junto à cama e outros que parecem uma colecção de cromos (de críquete?, será?) mas há também vermelho quente nas portas e muitos livros num móvel baixo. E há uma varanda voltada para a praça, para a Sé, para o casario velho do Porto. É uma vista que não cessa de nos encantar, e sabemos que foi por isso que escolheram este quarto para nós. Que se abram as portadas para repousarmos um pouco, braços pousados na varanda, e o topo da Igreja da Misericórdia, com a sua enorme coroa em pedra, subitamente ali ao lado, à altura dos nossos olhos.

Já estamos conquistados e ainda não dormimos. Ainda não experimentamos alguns dos pormenores que Marco referira com tanto orgulho — os colchões altos e confortáveis da Colunex, os toalhões de banho feitos à medida do mercado norte-americano e que, por isso, são enormes, e tão, tão macios… Os produtos de banho da Castelbel, o pequeno-almoço servido à la carte em peças de diferentes serviços da Vista Alegre. Havemos de experimentar tudo e continuar conquistados. Podíamos ficar enrolados naquele toalhão durante horas, essa é que é a verdade.

No Verão há-de ser melhor 

Mas, lá diz o ditado, não pode ser, e por isso o melhor mesmo é dormir. E como se dorme bem. O isolamento sonoro é muito próximo da perfeição (durante o dia, a música que tocam na rua lá em baixo só se ouve se as portadas estiverem abertas) e os colchões estão à altura dos elogios que Marco lhes fizera. 

Na manhã seguinte, a pequena sala de pequeno-almoço espera por nós. O conceito também é muito pessoal — uma mesa “comunitária”, com seis cadeirões, que os hóspedes podem usar, se não quiserem tomar o pequeno-almoço no quarto, o que também é possível. Para evitar congestionamentos, é previamente combinada a hora mais adequada a cada um e o que preferirá comer.

Nome
M. Maison Particulière
Local
Porto, São Nicolau, Largo de São Domingos, 66
Telefone
227661400
Website
http://www.m-porto.com/
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