Prosseguimos a caminhada ao longo dos trilhos, aproveitando o circuito de manutenção para desenferrujar o corpo, e ficámos encantados com a imensidão de verde que se estende à nossa volta. E como a nossa to do list compreendia a degustação de “amores da Curia” – uns pastéis recheados com ovos-moles e polvilhados com açúcar em pó – insistimos queimar mais calorias, estendendo o passeio para além das fronteiras do parque. Percorremos toda a Avenida dos Plátanos, uma artéria ladeada por gigantescos plátanos, que nos conduz até à antiga estação de comboios da Curia, um imóvel que vale a pena visitar – tanto mais porque, actualmente, acolhe um Espaço Bairrada, com a exposição e venda de produtos locais.
De regresso ao hotel, era altura de experimentar o spa, que funciona nos edifícios das termas, um conjunto de imóveis de beleza rara – ainda que, por esta altura, comecem a reclamar uma intervenção humana que lhes devolva o esplendor devido e que tiveram noutros tempos (sabia que esta foi uma das estâncias termais mais concorridas do país na primeira metade do século XX?) – e onde se encontra instalada a buvette (as águas da Curia são especialmente indicadas no tratamento de doenças como a gota, pedra nos rins, infecções urinárias, hipertensão arterial, reumatismo, problemas de coluna, artrite).
No interior do spa, poderá usufruir de um ginásio, equipado com uma grande variedade de aparelhos, piscina interior aquecida e hidromassagem. Com uma decoração simples, sem luxos e despido daqueles elementos decorativos (velas, toalhas coloridas, pétalas de flores ou bambus) que caracterizam os spas mais modernos, este espaço dispõe de uma lista de tratamentos e massagens vasta: duche escocês, massagem de tonificação muscular, massagem geotermal, duche massagem de Vichy, pressoterapia com massagem de drenagem linfática, além de variados tratamentos de rosto e corpo, nomeadamente de esfoliação e hidratação, entre outros. A nossa escolha recaiu numa massagem de relaxamento, que operou verdadeiros milagres.
Se ainda lhe sobrar tempo (e energia) para sair do parque termal, há uma série de propostas de visitas e degustações que estão ali quase ao virar da esquina – a poucos quilómetros encontrará várias caves de vinhos para visitar, assim como dezenas de restaurantes especializados no leitão da Bairrada. Caso contrário, pode sempre optar pelo restaurante do hotel, o Dom Carlos (local onde são também servidos os pequenos-almoços), especializado em cozinha tradicional portuguesa e com ementas dedicadas a clientes sujeitos a regimes dietéticos. Na noite em que por ali passámos, a ementa do jantar propunha massada de tamboril ou entrecosto – a segunda opção, por favor –, antecedidos por uma sopa de legumes.
Para terminar a noite, nada melhor do que aproveitar a esplanada instalada à entrada do hotel para tomar um chá e respirar o ar puro desta localidade que carrega a palavra “cura” no próprio nome – reza a história que, na época da ocupação dos romanos, estas termas eram conhecidas pelo nome Aquae Curiva (água que cura) e que foi do topónimo Curiva que adveio o nome actual da povoação.
- Nome
- Hotel das Termas da Curia
- Local
- Anadia, Tamengos, Hotel das Termas da Curia - Parque Curia
- Telefone
- 231 519 800
- Website
- www.hoteldastermas-curia.com