A montanha-russa aquática é provavelmente a diversão mais requisitada e a espera é de mais de 30 minutos. Ondina Santos, 65 anos, aguarda ali próximo que a família regresse daquele serpenteado de ferros azuis e salpicos de água. De férias em Monte Gordo, é a primeira vez que visita o Aquashow e “nem queria vir”, mas “até está a gostar”. “Estes [escorregas] muito altos fazem-me impressão”, confessa. “O meu marido é que adora estas coisas. Vai a todas”, ri-se. Já ela ficou-se pela piscina das crianças com os netos e pela piscina de ondas, anunciada como “a maior” do país.
É lá que nos sentimos mais apartados do resto do parque: os altifalantes cantam as músicas do momento e as estruturas em volta escondem as restantes diversões. Temos restauração, espreguiçadeiras, um jacuzzi, tendas de massagens e de fish spa. Os escorregas parecem uma lembrança distante. Na água, um mar de corpos balança em degradé de bronzeados, o amarelo intenso das bóias brilha aqui e ali e há vários elementos do staff com água até à cintura e câmara fotográfica em punho. Não há momento alto da experiência deste dia que não vá ser fotografado. Cada recordação custa 10€.
Ao chegar, há a pose junto à entrada. Na montanha-russa, as expressões dos rostos durante a descida mais acentuada. Nas zonas de passagem, as fotos com araras, serpentes e aves de rapina. “Cuidado, que ela é venenosa”, brinca um rapaz ao passar e, por momentos, o miúdo encolhe-se debaixo da cobra, mas logo depois já sorri para as fotos. “Têm mais medo os homens do que as crianças”, conta Andreina, 17 anos, bicho lânguido aos ombros. Começou o estágio a tirar fotografias e agora passou para a interacção com os répteis.
“Posso tocar? Oh, c’est bon”, diz Vanessa, 21 anos, olhando para os amigos. Os pais são do Alentejo, ela já nasceu na Suíça. De “dois em dois anos”, o programa de férias inclui uma visita ao Aquashow. “Hoje, por acaso, estive quase sempre na toalha, mas já experimentei os escorregas novos e agora toquei numa cobra pela primeira vez. Parece viscosa mas até é fofinha”, ri-se.
No palco dos espectáculos com animais há seis apresentações diárias, entre shows de reptéis, araras e aves de rapina. Ali próximo, nada-se num tanque com leões marinhos, uma actividade extra que custa 49€. Quando por lá passámos, onze pessoas encostavam-se ao rebordo da piscina, enquanto o animal, ao sinal da treinadora, batia “palmas”, encharcando-os a todos de surpresa. É o final da interacção, que dura cerca de 45 minutos, com direito a nadar nas costas do leão marinho, fazer alguns truques e receber beijinhos.
“É um bom sítio para passar um dia diferente das férias”, resume Tiago, de 18 anos, que veio com a família de Guimarães. É a terceira vez que vem ao Aquashow, já visitou os restantes parques aquáticos do Algarve. Para o ano, há-de repetir. “É divertido”, defende. É que aqui a diversão mede-se em adrenalina e ela parece estar em todo o lado.
Aquashow Park Hotel
Semino E.N 396
8125 - 303 Quarteira
Tel.: 289 315 129
Email: reservas@aquashowpark.com
www.aquashowparkhotel.com
Horários: das 10h às 19h até ao final de Agosto e das 10h às 17h30 em Setembro
Preços: o bilhete normal custa 28€, enquanto as tarifas júnior (crianças entre os cinco e os dez anos) e sénior (mais de 65 anos) são de 19€. A entrada é gratuita para crianças até aos quatro anos. O pack família (56€) oferece um bilhete júnior na compra de dois bilhetes para adultos.
Informações: É permitido levar comida e bebida, excepto garrafas de vidro e outros materiais cortantes, mas no recinto existem igualmente vários snack bares, com sandes, hambúrgueres, pizzas, entre outros. Na loja junto à entrada é possível alugar os cacifos que se encontram ao longo do parque (5€). Existe um parque de estacionamento gratuito e sem vigilância. Além das diversões, o Aquashow integra, desde 2011, um hotel de quatro estrelas, com 148 quartos, piscinas para uso exclusivo dos hóspedes, restaurante, spa e outros serviços. A estadia (quartos twin a partir de 160€) inclui acesso livre ao parque.