Fugas - restaurantes e bares

  • Fernando Veludo/NFactos
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Luxo à beira Douro

Por João Pedro Barros ,

Sérgio Manuel Pinto recarrega habitualmente baterias em Ibiza, onde observa também as últimas tendências em termos de vida nocturna. Por isso, não é surpresa que cite o Blue Marlin ou o Pacha como clubes inspiradores do Opo, a sua mais recente aposta no Cais de Gaia, depois do Terraza.
Instalado no espaço do antigo Bogani Café, com vista privilegiada sobre o rio Douro e a Ponte de Luís I - quer no interior, envidraçado, quer na vasta esplanada -, o clube posiciona-se no segmento premium e pretende cativar muitos turistas estrangeiros. Tal como nas duas casas localizadas na ilha espanhola, o Opo é igualmente restaurante, servindo de bar dançante/lounge até perto das 2h, evoluindo posteriormente para o registo de clube, especialmente aos fins-de-semana.

"A nossa ideia é que possamos ser um pouco como o Guilty, do Olivier. É um conceito popular em Lisboa mas que ainda não "pegou" no Porto. Queremos que as pessoas venham cá jantar e beber um copo e, sem dar por ela, estejam a dançar", explica Sérgio Manuel Pinto, que revela ter investido cerca de dois milhões de euros num projecto que diz ter "retorno garantido", pelo menos no que toca às festas que serão organizadas todos os fins-de-semana. O trabalho em termos de restauração é mais complicado, mas o chef Chakall foi requisitado para compor a ementa, que combina uma gastronomia internacional com paladares tipicamente portugueses (exemplo disso são as amêijoas à Bulhão Pato ou o peixe fresco). O preço médio (sem bebidas) é de 22 euros.

Mas voltemos a debruçar-nos sobre a vertente clube/discoteca. Para atrair a atenção de um público internacional - "o consumo de 10 estrangeiros é igual ao de 100 portugueses", revela o proprietário -, serão convidados DJ de renome internacional. O primeiro foi Roger Sanchez, numa noite em que a Fugas pôde observar a casa a funcionar em pleno e conferir a qualidade do sistema de som e de luzes (há uma placa LED e um sequenciador que ilumina a pista, por trás da cabina do DJ). O ambiente era efusivo, mas não demasiado avassalador ou opressor. "Na inauguração, a 8 de Junho, tivemos aqui mais de 1200 pessoas com conforto, o que me surpreendeu. Porém, não queremos muita gente, mas sim um ambiente composto e adulto. Queremos dar conforto e que os clientes usufruir de um espaço premium", avança Sérgio Manuel Pinto. Para trazer Roger Sanchez ao Porto, o também DJ usou os seus contactos privilegiados no meio, porque "nenhuma figura de topo actua num clube que acabou de abrir". O americano, que já remisturou músicas de Michael Jackson ou Madonna, caiu que nem uma luva na orientação musical do Opo, cujas noites abrem com chill out e evoluem progressivamente para o house e deep house. A DJ residente é Andreia Moreira, através da "marca" Sexy Sound System, cujo mentor é precisamente Sérgio Manuel.

Boa parte do negócio vai também girar em torno dos privados (mesas de uso exclusivo para um grupo). Dependendo de vários factores, podem chegar ao número de dez, incluindo dois ou três na parte exterior, "debruçados" sobre o rio. Se os clientes dos privados optarem por continuar na senda do luxo e comprarem uma garrafa, têm ao dispor os exclusivos champanhes e vinhos espumantes do estilista Christian Audigier, disponíveis, de momento, "em exclusivo no Opo e no Pacha de Ibiza". Para bolsas menos recheadas, há sangria e jarros de caipirinha, caipiroska e margarita.

Perante isto, é quase escusado acrescentar que há sempre o risco ficar à porta do Opo. "Seremos criteriosos", admite Sérgio Manuel Pinto, apesar de, durante a semana, não haver consumo mínimo. Ao fim-de-semana o valor de entrada será fixado a partir dos 10 euros. Por isso, o gerente acredita que não haverá "canibalização" do público do Terraza, a outra casa que mantém no Cais de Gaia. "O Terraza também tem a premissa de atrair público internacional, mas está aberto desde manhã até às 4h, tal qual os bares de Miami. Alguns produtos poderão coexistir nos dois espaços, mas no Opo o nível será muito superior", garante. Para além do serviço, a diferenciação é desde logo feita pela decoração, sofisticada e minimalista. Durante o Verão, o Opo deverá ter algumas sunset parties, enquanto os domingos, dia de encerramento ao público, estão reservados para eventos. "Há muitas empresas interessadas e temos parcerias com a hotelaria e câmaras municipais", conta Sérgio Manuel Pinto.

Do foie gras ao bacalhau

Uma casa que tem entre o seu público-alvo os clientes do vizinho Hotel Yeatman e das outras unidades de quatro e cinco estrelas do Grande Porto teria de incluir alguns pratos ditos internacionais no cardápio. Por isso, Sérgio Manuel Pinto destaca a inclusão nos pratos principais do foie gras (com puré de cogumelos e pêra caramelizada) e uma carta com vinhos Chardonnay e da Nova Zelândia. A ementa criada por Chakall inclui ainda receitas tradicionalmente portuguesas como naco de lombo de barrosã ou bacalhau com crosta de ameixa. Há ainda uma aposta declarada na finger food, nomeadamente no caso das refeições mais tardias (a cozinha funciona até à 1h): o menu inclui bruschettas, pimentos padrón salteados e espetadas de fruta.

Caras famosas

Quer se goste ou não, a contratação de figuras públicas como relações públicas de um clube ou discoteca é sempre um chamariz importante. No Opo, esta vertente não foi descurada e há uma equipa de "embaixadores" encabeçada por Rui Terra e onde se contam ainda os nomes de Maya (responsável por uma festa mensal), Bernardo Macambira, Carla Baía e Sandra Sá.

Nome
Opo
Local
Vila Nova de Gaia, Santa Marinha, Cais de Gaia - Avenida de Ramos Pinto, loja 720
Telefone
914411747
Horarios
Segunda a Quinta das 18:00 às 02:00
Sexta e Sábado das 18:00 às 06:00
Website
http://www.opoclub.com
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