Logo à entrada, do lado esquerdo, há uma montra de charcutaria com queijos de vários tamanhos e feitios, bem como presuntos, enchidos e outras carnes frias. Uma tabela de preços escrita a giz mostra quanto custam 100 gramas de qualquer um dos produtos, todos de origem italiana.
Do lado direito há um bar – a primeira Proseccheria da cidade, anuncia-se –, onde os proseccos são reis e também se misturam com outros ingredientes de modo a fazer cocktails originais. A maioria dos produtos é da região de Veneto, com Denominação de Origem Protegida ou Indicação Geográfica Protegida. Ou seja, entrar na pizzaria ZeroZero é ter a certeza de que o que se come e bebe é italiano.
E a entrada está cheia porque não há possibilidade de fazer reservas, logo, pode começar-se por escolher um cocktail e espreitar a montra da charcutaria enquanto se espera por uma mesa. Estas estão num corredor que dá para a sala maior, aquela onde fica o enorme forno das pizzas.
Este é o “epicentro” do restaurante, diz a funcionária que nos recebe e que, por momentos, fica em silêncio a olhar para o forno que é alimentado por lenha de azinho e que tem uma plataforma rotativa de maneira a cozer a pizza uniformemente. A escolha deste forno “exigiu muita pesquisa, viagens e experiências” e é um dos “preferidos dos grandes concursos de pizzas italianos e franceses”, responde a agência de comunicação.
Movimentamo-nos um pouco, como que para trazer a jovem à realidade. Ela acena com a cabeça, fazendo dançar o seu rabo-de-cavalo e continua a mostrar-nos o espaço cheio de mesas com tampo de pedra e cadeiras de madeira, muito semelhante às do Alma, de Henrique Sá Pessoa – não é de estranhar, este restaurante é também do grupo de Rui Sanches.
Depois da sala que está quente por causa do forno, há uma porta que se abre para a esplanada ao ar livre onde cabem cerca de uma centena de pessoas e que, em dias quentes, terá um bar de apoio.
Mesmo no centro da cidade, numa das ruas que actualmente é das mais movimentadas, aquela esplanada parece saída de uma casa de campo, com o arvoredo e os muros que lhe dão estrutura. Apetece ficar ali, mas fica para outro dia, por exemplo, para beber um cocktail de assinatura – como o Corleone (tequila, puré de pera e canela, 6 euros), o Giardino di Prosecco (gin, sumo de limão, hortelã e prosecco, 5 euros) ou um sem álcool como o Sardegna (sumo de romã, de limão, de frutos vermelho, manjericão, jasmim e coco, 4 euros) – e petiscar qualquer coisa que se escolha na charcutaria ou mesmo na carta – por exemplo, uma tábua de queijos e presuntos.
Regressamos à sala e ficamos de frente para o forno e para os cozinheiros que trabalham a massa. Porque se chama a pizzeria ZeroZero? Porque a massa das pizzas é feita com uma mistura de farinha 00 (de elevado valor proteico) e outras farinhas de moagem lenta em pedra. A massa é preparada e fica a levedar durante 48 horas antes de ser usada. O resultado é uma massa fina, crocante e muito leve. A farinha, tal como a maior parte dos produtos, é importada de Itália.
- Nome
- ZeroZero
- Local
- Lisboa, São Mamede, Rua da Escola Politécnica, 32
- Telefone
- 213420091
- Horarios
- Domingo, Segunda-feira, Terça-feira, Quarta-feira, Quinta-feira e Feriados das 12:00
Sexta-feira e Sábado das 12:00 às 01:00
- Preço
- 15€
- Cozinha
- Italiana
