Fugas - restaurantes e bares

  • Enric Vives-Rubio
  • Enric Vives-Rubio
  • Enric Vives-Rubio
  • Enric Vives-Rubio
  • Enric Vives-Rubio
  • Enric Vives-Rubio
  • Enric Vives-Rubio
  • Enric Vives-Rubio
  • Enric Vives-Rubio

Continuação: página 2 de 2

O restaurante onde a mozarela de búfala chega de avião

Mas a cabeça de Tanka não parou e, dois anos depois, aí está Il Mercato, com um novo conceito mas sempre italiano. “Toda a gente vai para o mercado, eu decidi fazer o mercado dentro do restaurante”, diz. “Toda a gente vai para as zonas turísticas, eu vim para uma que não é.” O novo espaço, com decoração de Cristina Santos Silva e, nas paredes, desenhos de Pedro Zamith, é ao mesmo tempo uma mercearia e um restaurante. As estrelas, desta vez, são as massas frescas, feitas com ovos biológicos de um pequeno produtor de Castanheira do Ribatejo, o Casal dos Planetas. 

Há todos os dias nove tipos diferentes de massa e nove molhos diferentes, o que dá dezenas de combinações possíveis, para comer no restaurante ou para levar para casa — e que são feitas na hora, a pedido e à vista do cliente. No balcão frigorífico ao lado há muitos queijos diferentes de uma selecção dos melhores de Itália. Tanka chama a atenção para o Parmigiano Reggiano Vacche Rosse — “o melhor do mundo”, garante — feito com o leite de uma raça do Norte de Itália, menos produtiva e que por isso estava em risco. 

Mostra de seguida um gorgonzola de cabra e um pecorino La Fossa dell’Abbondanza (o afinamento do queijo é feito a mais de quatro metros de profundidade). E passamos para a charcutaria, com o Culatello di Zibello DOP, um dos produtos mais famosos de Itália, vindo da zona de Parma, junto ao rio Po, a bresaola, a mortadela de Bolonha IGP com pistácios, o prosciutto cotto affumicato, o lardo, a coppa di testa (uma espécie de cabeça de xara). E ainda, embalados, o arroz para risotto, vários tipos de vinagre balsâmico, azeites trufados, polenta e uma garrafeira com vinhos (e outras bebidas) italianos. Ao peso, vendem-se ainda a foccacia da casa e alcachofras, alcaparras, azeitonas, tomate seco. Queijos e charcutaria podem também ser pedidos ao peso para comer no restaurante. 

“O que queremos aqui é ligar o mercado com a cozinha, usar o que é sazonal para a nossa ementa, que vai mudar todos os dias, com uma degustação composta por antipasti, dois tipos de massa, uma delas recheada, e um prato de carne.” É um enorme desafio, reconhece. Mas diz que se tem divertido a experimentar receitas novas para aproveitar da melhor forma os produtos. E sublinha: “Aqui não há cozinha de fusão, queremos guardar os sabores antigos, usando receitas clássicas, com poucos ingredientes, como se faz em Itália.” 

É assim o Il Mercato, o irmão mais novo do Come Prima e do Forno d’Oro. Que, diz Tanka, é totalmente diferente dos outros dois. “Não gosto de copiar ninguém. Nem sequer a mim próprio”, diz, sorrindo.

Nome
Il Mercato
Local
Lisboa, Campolide, Páteo Bagatela, Rua Artilharia 1
Telefone
0
Horarios
Domingo, Terça-feira, Quarta-feira, Quinta-feira, Sexta-feira e Sábado das 12:00 às 15:00 e das 19:00 às 00:00
--%>