Mas ao fim do dia o desafio é diferente: matar, esfolar e limpar o próprio jantar antes ainda de começar a pensar em cozinhá-lo. Condição sine qua non: não há sobras para o lixo, nem nada do animal que não seja aproveitado. Até os ossos são usados para deixar para trás como fonte de fertilizante.
Já com a noite cerrada, a fogueira que nos cozinhou o jantar funciona como um íman. À volta do único ponto de luminosidade que avistamos, o grupo troca histórias, observa as estrelas e vai deixando atrasar o momento de abandonar o calor para se recolher aos abrigos improvisados. No caso da Fugas, o abrigo — uma manga de plástico sobre uma cama de ramos de pinheiro e presa por corda e estacas — cumpriu um dos seus objectivos: não deixar entrar frio. O outro era não deixar entrar a chuva mas quis o destino que parasse de chover e tivemos direito a uma noite sequinha. Quem disse que a sorte não é essencial à arte de sobreviver?
Informações
A Escola do Mato, que se apresenta como a única escola de bushcraft em Portugal, organiza, em parceria com a Associação Portuguesa de Bushcraft e Técnicas de Sobrevivência e a Equinócio, diversas actividades com uma periodicidade regular. O calendário para 2013 pode ser consultado no site (www.escoladomato.com/) ou no Facebook (www.facebook.com/EscoladoMato) e inclui desde Curso Essencial de Bushcraft (o próximo dias 19 e 20 de Janeiro) até Bushcraft Intensivo (quatro dias). A participação nas actividades custa entre 61,50€ (um dia no mato) e 246€ (curso intensivo). Informações pelo número 216085810 ou pelo e-mail info@escoladomato.com.
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A Fugas foi convidada pela Equinócio e pela Escola do Mato