Fugas - viagens

  • Fernando Veludo/Nfactos
  • Fernando Veludo/Nfactos
  • Fernando Veludo/Nfactos
  • Fernando Veludo/Nfactos
  • Fernando Veludo/Nfactos
  • Fernando Veludo/Nfactos
  • Fernando Veludo/Nfactos
  • Fernando Veludo/Nfactos
  • Fernando Veludo/Nfactos
  • Fernando Veludo/Nfactos
  • Fernando Veludo/Nfactos
  • Fernando Veludo/Nfactos
  • Fernando Veludo/Nfactos
  • Fernando Veludo/Nfactos
  • Fernando Veludo/Nfactos
  • Fernando Veludo/Nfactos
  • Fernando Veludo/Nfactos
  • Fernando Veludo/Nfactos
  • Fernando Veludo/Nfactos
  • Fernando Veludo/Nfactos
  • Fernando Veludo/Nfactos
  • Fernando Veludo/Nfactos
  • Fernando Veludo/Nfactos
  • Fernando Veludo/Nfactos
  • Fernando Veludo/Nfactos

Continuação: página 3 de 3

Alguém pediu um Porto à medida?

Já trocámos a Rua de Cimo de Vila pela Rua Chã mas continuamos em território comercial. Os artesãos ficaram para trás e aqui seguimos entre comércio mais recente e línguas de vários cantos do mundo — o antigo fechou: vemos as fachadas da Livraria Lopes da Silva, da Farmácia Península. Da Travessa da Rua Chã, antiga Viela da Cadeia, vem cheiro imundo: percorremos-lhe uns metros e é uma “sala de chuto” ao ar livre. Mohamed, marroquino, à porta do seu Bazar Zaman, mesmo na esquina, queixa-se. “Todos os dias sou eu que chego e atiro água e lixívia. Devia ser a câmara, não é?”

A casa rosa em frente tem brasão, mas é armazém de paquistaneses; até há pouco foi casa de alterne, diz Joana. E, entretanto, já temos a Sé à vista. Não lhe chegamos a mirar o rosto, porque Joana quer levar-nos às suas traseiras. Seguimos, portanto, resvés a ela, na Rua D. Hugo. “Esta é a primeira zona habitacional de que há registo à beira da muralha”, conta, “e na biblioteca encontrei o registo da casa mais antiga”. Descobrimos um caminho nunca antes vislumbrado e mesmo quase em cima do deambulatório da Sé eis a “Casa do Beco dos Redemoinhos”, lê-se na placa, “uma das mais antigas de habitação da cidade”. É do século XIV e na fachada de pedra reconhecemos-lhe a porta em arco ogival e duas janelas no primeiro andar também góticas — nunca sonharíamos que ali estava.

A visita terminaria aqui, mas a indulgência da guia permite um pequeno devaneio nestas ruas estreitas da Sé. É assim que chegamos às Escadas das Verdades (antigas Mentiras), onde o labirinto cobre a encosta. A muralha fernandina aqui confunde-se com o granito natural portuense, a humidade entranha-se, há casas recuperadas, a maioria sobrevive precariamente.

Joana lembra-se de outro roteiro possível: as casas da muralha. Nos seus percursos que vão da Baixa do Porto até à Foz tem algumas temáticas inescapáveis: o comércio local, jardins e estátuas, igrejas e santos, o rio, o vinho e as pontes — tudo acompanhado de histórias que desenterra na biblioteca municipal. E que podem incluir refeições, em restaurante, tasca ou piquenique — e aqui entra o outro projecto de Joana Vieira, DaJoana, uma empresa de catering. E como Joana sabe que há visitantes que preferem visitar a cidade sozinhos, um dos serviços que oferece é a planificação da viagem para que “ninguém ande perdido ou gaste dinheiro em vão” — e aqui inclui coisas tão prosaicas como que transportes apanhar ou dicas sobre recantos mais ou menos secretos. Guia, amiga, concierge pessoal, cozinheira, Joana Vieira faz de tudo um pouco. Os seus preços começam nos 25 euros, com a certeza de que tem um Porto à Porter à medida de cada um.

__
Site: portoaporter.com

--%>