O anúncio chega no dia de São Valentim como que a celebrar o recente namoro da pastelaria portuense por Lisboa. Foram mais de dois anos de galanteio entre a quase centenária Leitaria da Quinta do Paço e a gula de lisboetas e portuenses migrados na capital, mas o enlace deu-se definitivamente no ano passado. A primeira loja, com fábrica integrada, abriu na Avenida João XXI, junto à sede da Caixa Geral de Depósitos, em meados de Setembro de 2016. A segunda chega esta Primavera.
Ainda sem referir uma data definitiva para a abertura, a marca fundada em 1920 revela apenas que a nova loja, com uma “sala virada para a rua”, vai situar-se no número 4 da Alameda Manuel Ricardo Espírito Santo, em São Domingos de Benfica. Terá ainda uma esplanada coberta e a decoração que caracteriza as cinco casas da marca, com “madeiras ripadas brancas, soalho de madeira, cores claras e muita luz”. E, claro, vitrines repletas de éclairs recheados, tíbias, bolos tradicionais, queijo, manteiga e chantilly – tudo produzido artesanalmente e no próprio dia, garantem – além de crepes, batidos, sumos naturais, torradas e compotas, entre outros.
A estreia da Leitaria da Quinta do Paço em Lisboa já vinha com o prenúncio de não se ficar por aqui. A ideia era “abrir mais duas ou três [lojas], franchisadas, em zonas mais centrais” da capital portuguesa, revelava então Alexandra Sotto Maior, directora de marketing da empresa.
A nova loja vai, no entanto, ficar numa zona ainda mais limítrofe da cidade, entre Benfica e São Domingos, que nos últimos anos tem renascido, com a abertura de novos cafés e projectos ligados às artes. Actualmente, várias zonas da freguesia estão a ser alvo de obras de requalificação, incluindo a Alameda Manuel Ricardo Espírito Santo. O objectivo é criar ali uma “praça” de bairro, com área pedonal, mais esplanadas, comércio e zonas verdes.
Fundada em 1920 como fábrica de leite em Paços de Ferreira, a marca começou a diversificar a oferta, produzindo lacticínios, como manteiga, queijos e chantilly. A primeira loja surgiu na Praceta Guilherme Gomes Fernandes, na Baixa do Porto, nos anos de 1950, e cedo o creme branco adocicado passou a rechear éclairs de produção artesanal. Nos últimos três anos abriram mais quatro espaços: no Mercado do Bom Sucesso, dois em Matosinhos e um em Lisboa.
