Dia 7 - Norway in a Nutshell
Recomendada pelo Turismo da Noruega, esta viagem numa "casca de noz" entre Bergen e Oslo pode ser feita no sentido inverso e prolongada por vários dias e inclui duas viagens de comboio, uma de autocarro e um passeio de barco (o bilhete combinado foi comprado através da Fjord Tours).
A nossa aventura iniciou-se na estação ferroviária de Bergen, onde apanhámos um comboio que nos levou até Gudvangen. A viagem durou cerca de duas horas, tendo como paisagem montanhas, túneis, fiordes e lagos gelados. Um autocarro anunciando "Norway in a Nutshell" esperava-nos na estação de Gudvangen e após uma hora de viagem, com paragens em algumas localidades para deixar entrar e sair passageiros, estavámos junto ao cais à espera do Fylkesbaatane Ferry. O passeio de barco durou cerca de duas horas e foi espectacular atravessar um dos mais estreitos fiordes da Europa, ver cascatas congeladas, montanhas cobertas de neve e pequenas localidades de telhados coloridos pincelando, aqui e ali, a paisagem por entre os fiordes de Sognefjord, Naeroyfjord e Aurlandfjord, classificados como Património Mundial da Unesco.
À chegada a Flam, que significa "pequena localidade entre fiordes", no extremo do fiorde Aurland, a tempestade de neve e vento forte acentuaram-se obrigando-nos a permanecer na estação.
A linha de comboio de Flåm tem 20 km de comprimento entre as estações de Flam e de Myrdal mas demora cerca de uma hora a percorrer, com os seus 20 túneis, uma ponte e 4 túneis hidráulicos. Para além disso, é uma das linhas férreas mais inclinadas do mundo (ainda com funcionamento regular): a diferença de altitude entre as duas estações é de 865,5 m, tendo-se tornado uma das atrações turísticas da Noruega, pela beleza da paisagem circundante. O comboio Flamsbana faz algumas paragens, entre elas junto a cascata Kjosfossen (a 669m de altura), que estava congelada.
A estação de montanha Myrdal foi o nosso abrigo até à chegada do comboio para Oslo, pois a tempestade de vento e neve agravaram-se. Sem dinheiro trocado nem cafés abertos, gastámos as poucas moedas em frutos secos e bolachas saídos de uma máquina automática (um simpático casal de indianos dispensou-nos algumas moedas). Chegámos a Oslo por volta das onze da noite e fomos directamente para o Thon Hotel Bristol, situado no centro da cidade. A aventura foi cansativa mas, sem dúvida, recomenda-se!
Dias 8 e 9 - Oslo com sol
Em Oslo, aproveitámos o céu azul e a temperatura agradável (+2ºC) para passear a pé, cumprindo um roteiro que definimos a partir da página oficial do Turismo de Oslo. Ponderámos comprar o Oslo Pass, que inclui a entrada gratuita em 30 museus e transportes públicos e descobrimos que durante o Inverno não há o City Sightseeing Bus, por isso andámos de elétrico e metro.
O hotel estava muito perto da Eidsvolls Plass, uma praça dominada pelo Teatro Nacional de um lado e o Parlamento do outro, com uma animada pista de gelo. Seguimos em direção à Radhusplassen (dominada pelo Oslo City Hall, um imponente edifício construído entre 1931 e 1950, onde fazem a cerimónia da entrega dos Prémios Nobel) e atravessámos a pé a Akershus Medieval Fortress, castelo e fortaleza medieval de 1299. O nosso objectivo era chegar à Oslo Opera House, o símbolo moderno da cidade, onde parámos para tirar mais fotografias e tomar um café.
O Vigeland Sculpture Park estava apinhado de gente a passear (era sábado) e foi muito interessante apreciar as 200 obras do escultor Gustav Vigeland. Regressámos de eléctrico a Aker Brygge para almoçar (zona ribeirinha reconvertida nos anos 80 com animados restaurantes) e entrámos no Nobel Peace Center, antiga estação ferroviária situada na Radhusplassen.
Fomos ao Munch Museum na Frederiksgate (metro: Toyen), que valeu a pena visitar e tirar fotografias aos quadros, contando-se entre eles o famoso "Grito", que foi roubado e restituído ao museu. No final da exposição, divertimo-nos a criar reproduções das obras de Edvard Munch. No regresso, saímos junto à zona comercial de Egertorget e Stortorvet e passámos ao lado da Oslo Cathedral.
No dia seguinte, fomos fazer um minicruzeiro hop on-hop off, um passeio de 1h30m a bordo de um veleiro (por causa do gelo tivemos de ir numa embarcação mais pequena, mas igualmente agradável) pelo inner Oslo Fjord. Saímos às 9h45 do Pier 3 da Radhusbrygge 3 em frente ao City Hall. As paragens foram na Opera House e em Bygdoy (junto ao museu viking). Regressámos ao hotel para apanhar as malas e seguimos para o aeroporto, mas antes ainda fizemos uma paragem no Ekeberg Restaurant (edifício de 1927), para tirar uma foto panorâmica da cidade.
O Gardermoen Airport está a 50 km de Oslo e é dispendioso ir de táxi, portanto é preferível ir no Airport Bus ou no Airport Express Train. Se tivéssemos tido mais tempo em Oslo ainda teríamos ido visitar a National Art Gallery e o Viking Ship Museum.