Fugas - hotéis

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Esta é a fachada do novo hostel de Lisboa


Pátio do mundo

Pela manhã, o hostel começa a fervilhar de hóspedes de todo o mundo a chegarem e a partirem, uma dança de malas e mochilas. Outros descansam e conversam pela sala, aproveitam o pequeno-almoço. Um grupo de jovens francesas manifesta a sua surpresa com tal hostel em tal sítio. Um jovem australiano solta uns amazing, amazing que troca por dicas de passeio pela cidade.

Os hóspedes "ficam realmente surpreendidos" quando chegam, conta-nos Anaïs Chemla, francesa, 27 anos, que trabalhou em 2010 no hostel de Alfama e este ano voltou, para dedicar-se a gerir a casa do Rossio, além de dirigir o marketing de ambas as casas. "Porque é um local fantástico", sorri no seu inglês adocicado. E por aqui vai vendo muita gente de boca aberta: "Não é comum dormir assim numa estação de comboios", por isso "costumam chegar, um pouco curiosos, e quando vêem o pátio começam tipo 'Santo Deus, estamos mesmo num hostel?'.

E se vão chegando hóspedes de todo o mundo, está visto que o cosmopolitismo da clientela tem reflexo na equipa do hostel, na verdade uma espécie de sociedade de nações que integra naturais da Rússia ou Ucrânia, Alemanha ou França, Espanha ou EUA e, claro, de Portugal. Ou da Estónia, como Dangolia Rosickaite, directora financeira dos dois hostels e gestora da casa de Alfama, que, num português já muito treinado nos cinco anos que leva de Lisboa, resume que todo o projecto pretende oferecer "não só um lugar para dormir mas para as pessoas viverem uma experiência em Lisboa". "É o mais importante", até porque "aqui dentro do hostel encontram muitos amigos" e também "nós somos todos de países diferentes". Para Dangolia, isto não é apenas negócio, o coração também entra na equação: "Quando chegámos a Lisboa, a Portugal, encontrámos alguma coisa que nos fez ficar cá e nósestamos a tentar dar esta sensação aos nossos hóspedes, para eles também ficarem in love com Portugal".


Refer quer mais hotelaria nas estações

Em Março, um Basic by Axis abria junto à estação de Braga e, agora, abre na do Rossio, um hostel. A Refer, que gere a infra-estrutura da rede ferroviária lusa, continua "aberta a propostas", adianta Susana Abrantes, da Direcção de Comunicação e Imagem da empresa. Embora refira que não existam, "presentemente, outros projectos com a mesma dimensão", acrescenta que "em algumas estações desactivadas" a Refer espera, "brevemente, implementar pequenas unidades hoteleiras". Em tais planos, para já, parece não caber a abertura da estação de Santa Apolónia à hotelaria, uma "possibilidade", refere Abrantes, que "não está em apreciação". Na estação do Rossio, que integra um café Starbucks, lojas e área da restauração (no exterior da estação, no largo Duque de Cadaval), a abertura do hostel, "implementado numa fracção autónoma e independente" e "licenciada para o efeito", "quer a actividade, quer as instalações" foram, garante a Refer, "acauteladas do ponto de vista da segurança e responsabilidade civil".

Rossio Patio Hostel
Piso superior da Estação de Caminhos de Ferro do Rossio
1249-970 Lisboa
Tel.: 213466457
www.rossiopatio.com | Facebook
Preços (variam com a época):  de 18€ a 35€ por pessoa por noite (várias tipologias: dormitórios para
quatro ou seis pessoas, quartos privados ou duplos, com ou sem casa de banho)
Inclui: Internet sem fios grátis,  pequeno-almoço, cozinha  comunitária, guarda gratuita de bagagem, caminhadas  pela cidade e festas  (no hostel até 23h00/00h00)
Check in às 15h00/check out às 11h00

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