O hotel, que nos garantem ter áreas de alojamento "bastante mais generosas" do que é normal na hotelaria de Miami, mesmo a mais luxuosa, é considerado de média dimensão (no total são 99 quartos, incluindo suites e dois apartamentos completos) e é uma opção bastante económica para o nível da cidade (a base de lançamento anda nos 168 dólares).
Enquadrado num mote de "ambiente tranquilo", não se esperem as fiestas locas pelas quais Miami é famosa. Isto apesar de, a complementar os alojamentos e a piscina, o Pestana South Beach oferecer um espaço de bar - o Mermaid, homenagem à sereia que uma das fachadas ostenta desde que o edifício foi construído. Mas, na verdade, o Mermaid, que se prolonga até à piscina, será sempre um espaço calminho. Quando por lá passámos até se aguardava ainda a licença de venda de álcool, portanto, tirando uma excepcional noite de festa de inauguração de arromba, o espaço é mesmo de relax. Ainda assim, poderá em breve começar a ser o local onde se poderá saborear Portugal em Miami, quer seja porque deverão ser disponibilizados vinhos portugueses, quer seja porque poderá ser epicentro de outros destaques lusos, entre a gastronomia, música ou eventos culturais.
E, embora não se espere que o grande contingente de hóspedes venha de Portugal (o Brasil é quem mais ordena por aqui, seguido de outros vizinhos das Américas e o próprio mercado norte-americano), até pela génese, o Pestana pode ter entrada directa nas preferências dos hóspedes portugueses: a ajudar, a linha directa da TAP Miami - Lisboa, mas também, como realça João Paulo Araújo, o fazer "estes clientes sentirem-se em casa". "Desde logo pela língua", já que "nenhum outro hotel em South Beach permite que um cliente tenha um check in ou o serviço de pequeno-almoço em português, depois porque temos uma cultura portuguesa, o que nos permite sermos bastante mais assertivos no que diz respeito aos conselhos que damos aos nossos clientes", sublinha.
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Para mais, a história do novel Pestana até passa por mais coincidências lusas. "Uns portugueses tinham comprado este prédio para fazer condos [unidades em condomínio]", conta-nos Dionísio Pestana, o presidente do grupo Pestana, à sombra de um recanto do South Beach. Em 2008, "quando viemos cá com um agente", recorda, "nem sabíamos quem eram os proprietários". "Gostámos imenso do prédio e depois, mais tarde, quando entrámos em contacto com os proprietários, é que descobrimos que era um empresário do Norte [de Portugal]." E assim nasceu o Pestana South Beach, "um investimento de cerca de 20 milhões de euros" (que pelo meio ainda se viu atrasado por um incêndio), aberto em soft openingem Fevereiro.
No dia da inauguração oficial do hotel, a 8 de Abril, era ver o ambiente Miami em festa a tomar conta do espaço, até porque - coincidências - , o dia foi escolhido porque calha também no aniversário de Dionísio Pestana. Pela festa, contámos pelo menos quatro "misses" (oficiais) pela passadeira vermelha, rodopiavam ilustres dos diferentes poderes da cidade e representantes diplomáticos... Já a piscina, estava entregue a uma "verdadeira" sereia, a lembrar a mermaid da fachada, que dançava a barbatana ao som do DJ. Era Miami a dar as boas-vindas à sua maneira espampanante e a piscar o olho à nova estrela de South Beach.
