Fugas - hotéis

  • O De Rotterdam, onde abriu o hotel nhow
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    O De Rotterdam, onde abriu o hotel nhow Ossip van Duivenbode
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Um hotel para “rasgar convenções” num edifício sem cerimónias

Depois só havia uma coisa a fazer: reconstruir. Mas ninguém queria voltar ao passado ou reproduzir os retalhos da História. Por isso, o centro histórico de Roterdão foi repensado a partir de conceitos-base tais como a funcionalidade ou a segurança (não vi rua onde não passasse um carro de bombeiros). O único edifício datado do século XVII que se manteve de pé foi, no entanto, mantido, embora tivesse permanecido encerrado durante anos. Até que, em 1978, a cidade tomou a decisão de o restaurar, tendo acolhido o Museu de Roterdão até 2012. Hoje o Schielandshuis, cuja construção é atribuída ao arquitecto Pieter Post, uma autoridade no Classicismo holandês, vê-se cercado por estruturas gigantes e rectilíneas, a lembrar um requintado, mas perdido, palácio urbano. Até porque, desde a saída do museu, ainda não lhe foi atribuída outra função senão a de ser ponto de visita obrigatória para turistas.

Enquanto pelo Schielandshuis sopram murmúrios do passado, no Markthal aguarda-se por um verdadeiro vendaval de vida futura. Com abertura agendada para Outubro, a gigantesca estrutura em forma de arco vai albergar o mercado da cidade — em Roterdão há apenas mercados a céu aberto. Mas não só. Depois do pôr-do-sol, a estrutura, onde também está contemplada uma área residencial, com 228 apartamentos e estacionamento, além de um hotel que ocupará 1600m2, transforma-se numa bem-iluminada praça pública na qual se espera bastante frenesim.

Roterdão num cubo

Enquanto o Markthal se mantém em obras, é de espreitar o complexo de cubos que se impõe mesmo à sua frente. O projecto de Piet Blom, datado da primeira metade da década de 1970, inclui, além de uma torre, 38 casas em cubo e lojas voltadas para uma pequena praça. A ideia era criar um espaço junto ao porto onde se pudesse fugir ao trânsito e aos elevados edifícios de escritórios. Mas, embora os 38 cubos já estivessem vendidos ainda antes de concluídos, o projecto de levar vida para os cubos acabaria por nunca resultar: hoje a maioria das lojas ou está de portas fechadas ou exibe um comércio pouco atractivo para o turismo.

No entanto, há uma razão pela qual vale a pena a visita: o Show-Cube, uma espécie de casa-museu, em que o proprietário manteve tudo tal e qual tinha, abrindo o espaço ao público para satisfazer curiosidades e contar a história do projecto. Aberto diariamente, das 11h às 17h, as entradas têm um custo de 2,50€ (preço para adultos).

Uma visita a Roterdão não estaria completa sem uma passagem pelo Groothandelsgebouw, um enorme edifício de escritórios e um dos primeiros a ser concluído após a II Guerra. Não tanto pela beleza da estrutura ou pela sua história. Mas pela vista que se pode ter do terraço, gerido pelo Engels Grandcafé, oposta à que se pode observar do 44.º andar do De Rotterdam. E, aos nossos pés, a recém-inaugurada Central Station, por onde se cruzam diariamente mais de cem mil pessoas. O projecto conjunto dos ateliers de arquitectura West 8, Benthem Crouwel Architects e MVSA Meyer e Van Schooten Architecten distingue-se pela sua forma assimétrica assim como pelo largo que se espraia à sua frente. É assim a nova porta de entrada na cidade. E, como era a intenção, uma porta grande que se abre directamente para o coração de Roterdão.

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