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    Abrigo do Lagar Velho, em Leiria DR/Igespar

Ponte da Arrábida é monumento nacional e Elevador do Bom Jesus é de interesse público

Por Público

Foram classificados seis novos monumentos nacionais e três de interesse público.

O Elevador do Bom Jesus do Monte, em Braga, o Mercado Municipal de Matosinhos e a Ermida de São Domingos, em Vila Viçosa, foram classificados na quinta-feira monumentos de interesse público numa portaria publicada em Diário da República. Foram ainda aprovados pelo Governo, em Conselho de Ministros, seis novos monumentos nacionais, como a Ponte da Arrábida (Porto), o Castelo de Penamacor ou o Cromeleque de Vale de Maria do Meio (Évora).

A Ponte da Arrábida, construída entre 1956 e 1963 pelo engenheiro Edgar Cardoso (1913-2000), foi classificada “no ano em que se comemora o centenário do nascimento de Edgar Cardoso e o cinquentenário da inauguração da própria ponte”.

Outros dos monumentos nacionais eleitos foram o o Menir da Meada, em Castelo de Vide, erguido entre os períodos neolítico e calcolítico, o Abrigo do Lagar Velho, em Leiria, com vestígios de caçadores-recolectores, e o Santuário de São João de Arga, em Caminha, que constitui, segundo a portaria publicada em Diário da República, um “lugar de culto de indiscutível relevância histórica, arquitectónica e etnográfica”.

Quanto aos monumentos de interesse público, destaca-se o Elevador do Bom de Jesus do Monte, inaugurado em 1882. Foi o primeiro funicular construído na Península Ibérica e é o mais antigo, em funcionamento, a utilizar o sistema de contrapesos de água. Segundo a portaria, distingue-se pela sua “estrutura quase única na Europa” e pelo “notável enquadramento paisagístico”, integrando o conjunto do Santuário do Bom Jesus do Monte. O ascensor liga a parte alta da cidade de Braga ao Santuário, vencendo um desnível de mais de cem metros de altura.

O projecto, da autoria do engenheiro mecânico suíço Nikolaus Riggenbach (1817-1899), foi realizado sob supervisão de Raul Mesnier de Ponsard (1849- 1914), o engenheiro português de ascendência francesa responsável pela construção dos elevadores do Lavra (1884), da Glória (1885) e de Santa Justa (1992), em Lisboa. Este elevador de finais do século XIX funciona com um sistema de corda, composto por duas cabinas independentes, ligadas por cabos de aço e montadas sobre carris, que servem de contrapeso uma à outra através de um depósito de água.

O Mercado Municipal de Matosinhos, considerado pela portaria um “projecto arrojado e pioneiro”, foi construído em 1944, a partir do projecto criado pela da ARS Arquitectos (Fortunato Cabral, Morais Soares e Cunha Leão) em 1936 e revisto em 1939. Localizado na doca de Leixões, o edifício de dois pisos impõe-se pelas “suas grandes dimensões como um ícone da zona das instalações portuárias”.

Segundo a portaria que determinou a classificação, o mercado foi durante anos considerado uma “demonstração exemplar das possibilidades da arquitectura moderna na Península Ibérica, apoiando-se na aplicação de novos materiais como o betão armado”. A cobertura da nave é constituída por uma abóbada em betão apoiada em arcos em ferro e cimento, que constituem a estrutura de todo o edifício. Mas devido ao valor inflacionado do ferro durante o período de construção (II Guerra Mundial), esta estrutura foi projectada de modo a reduzir ao máximo a sua utilização.

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