O famoso e premiado restaurante Can Fabes, que foi criado e comandado pelo cozinheiro catalão Santi Santamaría, em Barcelona, Espanha, anunciou que vai fechar as portas definitivamente no próximo dia 31 de Agosto devido à crise.
O restaurante com duas estrelas Michelin chegou a conseguir ter três com Santamaría no conhecido guia francês, escreve o El País. Santamaría morreu em 2011, aos 53 anos, sentado à mesa de um dos seus famosíssimos restaurantes, dirigido pela sua filha em Singapura e que também fechou as suas portas em Março de 2012.
Agora, num comunicado citado pelo mesmo jornal, a família Santamaría-Serra anunciou que o Can Fabes vai encerrar "depois de 32 anos de uma maravilhosa aventura culinária e gastronómica aos pés de Montseny" - um dos parques naturais mais conhecidos da Catalunha.
Na mesma carta, a família diz acreditar que deixa "mais de três décadas de criação infatigável, de busca de máxima qualidade dos produtos e de perfeição na cozinha e na sala; de compromisso com as raízes culinárias e com a sua renovação". E acrescenta que foi "tudo precedido sempre por um ideal que nos transmitiu o co-fundador e a alma da casa, Santi Santamaría".
Quanto a motivos, a família proprietária do espaço assume que a crise está na base da decisão, já que o restaurante não tem a "viabilidade económica necessária para seguir com um projecto baseado na excelência". Por isso, decidiram "pôr um ponto final a um dos capítulos mais brilhantes da cozinha catalã e europeia dos últimos 25 anos", mas esperam que a história do Can Fabes continue a perdurar através dos projectos futuros de todas as pessoas que por ali passaram.
Há um ano o Can Fabes tinha renovado a sua imagem, decoração e oferta gastronómica, mas a aposta não vingou, lembra o El País. Na altura a filha Regina Santamaría ficou à frente do espaço, com Xavier Pellicer responsável pela cozinha. Só que Pellicer desvinculou-se no espaço no início do ano para se dedicar a projectos pessoais e a família não reencontrou um novo rumo para o restaurante.
Agora a filha, citada pelo El Mundo, diz que preferiram tomar esta opção ainda de "cabeça erguida" e que "acima da tristeza o sentimento que domina é de satisfação" pelo "brilhante trajecto" que conseguiram ter.
