Os restantes eventos acontecem no Vila Joya, onde estará Joan Roca, cujo El Celler de Can Roca, em Girona, lidera a lista dos 50 Melhores Restaurantes do Mundo da revista Restaurant. Como foi possível trazer Roca a Portugal? Justin Ultee conta que há três anos que o convidavam, e este ano ele aceitou finalmente o convite, mas isso aconteceu antes de o restaurante se tornar o melhor do mundo. O Vila Joya receou que, depois disso, Roca desistisse por excesso de solicitações, mas ele voltou a confirmar a sua presença e estará no Algarve para um jantar no dia 10.
Uma das grandes novidades deste ano será a noite tailandesa. Chama-se One Night in Bangkok, e, conta Justin, nasceu de uma proposta de Marco Westmaas, que rapidamente convenceu os organizadores do festival de que era importante trazer uma das cozinhas em ascensão, até porque “a Ásia é um mercado em crescimento”, e é importante desenvolver a relação com Portugal.
No Vila Joya – onde estará também, no dia 11, o português Nuno Mendes, do Viajante, em Londres – os anfitriões são o chef austríaco Dieter Koschina, e o sub-chef Matteo Ferrantino, que esteve na apresentação em Lisboa. Matteo, que é uma figura-chave na cozinha do Vila Joya, diz que o mais importante é a fase da organização em que é preciso encontrar todos os ingredientes pedidos por cada chef e ter tudo pronto. “Se acerto agora, corre tudo bem”.
No início era uma operação que hoje, vista à distância, parece quase modesta. “Em 2007 foram seis chefs e no dia do Koschina & Friends eram 12 todos juntos”, recorda Matteo. “Depois foi aumentando até chegar a este ano em que temos mais de 40 chefs de todo o mundo. A receita mágica é que a equipa inicial do Vila Joya continua a ser a mesma e é a coluna vertebral desde projecto. Mas ganhámos a experiência, e sabemos o que estamos a fazer, não improvisamos nada. Por isso, estamos preparados”.
Serão dez dias a trabalhar das oito da manhã às duas da madrugada para “fazer uma coisa lindíssima, que é uma grande responsabilidade para o Vila Joya, o Algarve e Portugal inteiro porque este é considerado o melhor evento gastronómico da Europa”. No início, recorda ainda, ligavam aos chefs estrangeiros para os convencer a vir. “Hoje são eles que nos ligam a perguntar se podem vir cozinhar em Portugal”.
O festival tem 60% de clientes portugueses e 40% de estrangeiros, que vêm sobretudo de Inglaterra (onde foi feita uma grande divulgação, nomeadamente com a distribuição de uma revista com o jornal Financial Times), mas também da Alemanha e dos países de onde são provenientes os chefs convidados. O preço dos jantares é de 350 euros ou 400 euros, dependendo das noites. A programação pode ser consultada aqui.