A medida, agora anunciada pela Ryanair, que se prepara para a estreia em Lisboa, irá “facilitar o processo de embarque e permitir que famílias e grupos se possam agora sentar-se juntos durante o voo”, resume em comunicado a companhia aérea. Mas, para garantir com toda a certeza o lugar que se pretende, será necessário pagar: o passageiro poderá escolher o seu lugar preferido, mediante o pagamento de uma taxa de 5€, aquando da reserva, e realização de check-in com mais de 24 horas de antecedência. Actualmente, as taxas são de 10€ online ou 15€ no aeroporto ou via call center e os lugares para reserva estão limitados a algumas filas.
Caso o passageiro não opte por um lugar preferencial, a companhia atribuir-lhe-á um lugar até 24 horas antes do voo. Até agora, não havia lugares pré-marcados, o que originava alguns stresses aos passageiros que tentavam conseguir determinados assentos.
Um ano depois de a easyJet, a sua principal concorrente, ter adoptado os lugares marcados, a Ryanair deixa assim cair uma medida que, até há bem pouco tempo, considerava contribuir para um embarque mais rápido.
A alteração vem na sequência de outras mudanças efectuadas pela companhia, consequência, segundo comunicado da empresa, de sugestões de passageiros, recebidas através de um formulário online disponibilizado no site, baptizado de “Tell MOL” (algo como “Conte a Michael O’Leary”, o presidente da companhia).
Nos finais de Outubro, a empresa anunciou uma primeira leva de medidas para "melhorar o seu serviço ao cliente", incluindo a possibilidade de o passageiro transportar uma bagagem de mão adicional (a partir de Dezembro) ou a redução de ruído em voos nocturnos, inibindo-se de emitir anúncios que não os obrigatórios entre as 21h e 8h (desde 1 de Novembro).
A nova política de embarque foi anunciada na mesma altura em que a empresa divulgou ter aumentado os lucros em 1% (de 596 milhões para 602 milhões de euros, após impostos) e o número de passageiros em 2% (de 48 para 49 milhões) no período de 30 de Setembro de 2012 a 30 de Setembro de 2013. Mas a companhia já avisou os seus investidores, através de um aviso sobre lucros (o primeiro numa década), que estes, em 2013, poderão ficar aquém do previsto por causa do clima económico na Europa e do aumento da concorrência.
