Já publicou nas mais reputadas revistas internacionais da área, está habituado a ter fotos suas em destaque no site da NASA dedicado à fotografia ou a estar nos tops dos melhores do ano em matéria de astrofotografia. E já lançou o seu livro sobre o tema, para nos ensinar como seguir-lhes os passos. Agora, podemos admirar o trabalho de Miguel Claro no Planetário Calouste Gulbenkian em Lisboa.
A exposição "O Céu Visto da Terra", que esteve no Porto em 2014 e chega agora a Lisboa (onde foi inaugurada no final de Fevereiro e está até 10 de Maio), inclui "28 fotografias de grande formato, cinco delas inéditas e duas panorâmicas gigante". A proposta é para o visitante "mergulhar e deixar-se guiar por entre imagens que retratam" fenómenos "celestes e atmosféricos" fascinantes.
Poderemos surpreender-nos com o "Airglow" - fenómeno de luminescência fotoquímica que, "visualmente, será o fenómeno mais próximo de uma aurora boreal", explicava-nos Claro -, com a Luz Zodiacal ou a "esmagadora e imponente presença da nossa galáxia, a Via Láctea, que repleta de enxames de estrelas, nebulosas de emissão, gases e poeira estelar, faz ressaltar o imaginário de sonho de qualquer um". Mas há muito mais, incluindo super luas.
Apaixonado pela fotografia dos astros, Miguel Claro tem-se destacado nos últimos anos pela dedicação à arte da astrofotografia. Aqui pela Fugas já tivemos oportunidade de destacar diversos trabalhos e fotogalerias do autor (A beleza astronómica de Portugal ou O Fotógrafo dos Astros).
Os seus trabalhos baseiam-se, em geral, em deixar a máquina fazer sequencialmente exposições longas, que podem ter cerca de 30 segundos cada, ao longo de uma hora ou mais; depois são integradas as fotografias numa só imagem, permitindo-nos ter uma visão mais acutilante (e artística) destes fenómenos.
Mas Claro também é mestre na arte dos vídeos em "time lapse". E tem nova obra acabada de estrear: a sequência temporal, que pode ver acima, foi estreada no dia de inauguração da exposição, a 24 de Fevereiro, tendo sido projectada na cúpula do planetário. É dedicada à Reserva Dark Sky do Alqueva (de que Claro é "astrofotógrafo oficial"), no Alentejo, a zona reconhecida como sendo perfeita para admirar os céus.
No espaço do Planetário, além da exposição (que tem entrada gratuita), poderá também encontrar imagens à venda, postais e o livro "Astrofotografia" de Claro.