Fugas - restaurantes e bares

Continuação: página 2 de 2

A aventura de produzir um azeite ganhador

A produção própria de azeite não ultrapassa ainda os 20 mil litros por ano. "Não tenho dimensão para competir com os grandes produtores e, por isso, a opção que me restava era entrar na gama dos azeites de qualidade, porque é por aí que consigo chegar aos segmentos que me interessam."

Mas ir até lá, até aos segmentos que interessam, não é fácil. Exige tempo, muito, perseverança e tentar abrir muitas portas que estão muitas vezes fechadas. Fazer um bom azeite não é fácil, mas colocá-lo no mercado pode ser ainda mais difícil. E numa base individual pode parecer impossível. A opção é a parceria com distribuidores.

O azeite Quinta do Conde teve que seguir esse caminho, neste caso, através da 1000 Paladares, uma distribuidora de produtos gourmet. "Foi difícil chegar ao parceiro certo. E aconteceu de uma forma curiosa, para não dizer estranha. Um certo dia, passei uma tarde no pavilhão gourmet da Essência do Vinho [uma mostra de vinhos a que se associam outros produtos da nossa agricultura], para observar o profissionalismo das marcas presentes, e foi com base nessa análise que decidi apresentar-me à 1000 Paladares. Foi o início de uma boa relação", recorda Lúcia Sá.

Com o parceiro certo no mercado interno, a internacionalização é a aposta do momento. Bélgica, Brasil, Canadá, Angola são mercados com quem a Quinta do Conde já trabalha ou tem trabalho de campo em desenvolvimento. É um trabalho duro para quem tem "apenas" um azeite reconhecido ao mais alto nível para oferecer. "Não tenhos meios para grandes campanhas de publicade e marketing, mas vou continuar a tentar atravessar o deserto", afirma Lúcia Sá.

--%>