Fugas - restaurantes e bares

  • LISBOA. Zaafran
    LISBOA. Zaafran Rui Gaudêncio
  • LISBOA. Zaafran
    LISBOA. Zaafran Rui Gaudêncio
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    LISBOA. Casa Nepalesa Rui Gaudêncio
  • LISBOA. Casa Nepalesa
    LISBOA. Casa Nepalesa Rui Gaudêncio
  • LISBOA. Casa da Morna
    LISBOA. Casa da Morna DR
  • LISBOA. Real Indiana
    LISBOA. Real Indiana DR
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  • OEIRAS. Yum Cha Garden
    OEIRAS. Yum Cha Garden DR
  • OEIRAS. Yum Cha Garden
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  • ALGÉS. Tomo
    ALGÉS. Tomo Enric Vives-Rubio
  • ALGÉS. Tomo
    ALGÉS. Tomo Enric Vives-Rubio
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    LISBOA. Jesus é Goês Rui Gaudêncio
  • LISBOA. Jesus é Goês
    LISBOA. Jesus é Goês Rui Gaudêncio
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    ESTORIL. Mandarim José Sarmento Matos
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    ESTORIL. Mandarim José Sarmento Matos
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    SINTRA. Midori DR
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  • LISBOA. Banthai
    LISBOA. Banthai DR
  • LISBOA. Banthai
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    LISBOA. Qosqo Nuno Ferreira Santos
  • LISBOA. Qosqo
    LISBOA. Qosqo Nuno Ferreira Santos
  • LISBOA. Casa de Goa/Cantinho da Paz
    LISBOA. Casa de Goa/Cantinho da Paz Gonçalo Português
  • LISBOA. Casa de Goa/Cantinho da Paz
    LISBOA. Casa de Goa/Cantinho da Paz Pedro Cunha
  • LISBOA. Hong Kong Grande Palácio
    LISBOA. Hong Kong Grande Palácio DR
  • LISBOA. Bonsai
    LISBOA. Bonsai DR
  • LISBOA. Bonsai
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  • LISBOA. Kampai
    LISBOA. Kampai DR
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  • LISBOA. Malaca Too
    LISBOA. Malaca Too DR
  • LISBOA. Malaca Too
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  • PORTO. Góshò
    PORTO. Góshò Fernando Veludo/nFactos
  • PORTO. Góshò
    PORTO. Góshò Adelaide Carneiro
  • PORTO. Mendi
    PORTO. Mendi Nelson Garrido
  • PORTO. Mendi
    PORTO. Mendi Paulo Ricca
  • PORTO. Restaurante Chinês
    PORTO. Restaurante Chinês Nelson Garrido

Vamos comer o mundo por Lisboa e Porto

Por Alexandra Prado Coelho, Fortunato da Câmara, Miguel Pires, José Augusto Moreira

Chineses, japoneses, indianos, moçambicanos, goeses... Em Lisboa e no Porto, há um mundo inteiro pronto a comer. Sugerimos 20 mesas que merecem a viagem

GRANDE LISBOA


Casa de Goa/Cantinho da Paz
Sebastião Fernandes é desde há muitos anos o grande senhor da comida goesa em Lisboa. Os seus restaurantes têm sido um porto seguro para todos os que gostam de sarapatel, xacuti, vindalho baji-puri ou bebinca. Foi aos 18 anos que Sebastião deixou Goa, mudando-se para Portugal. E se, entretanto, outros restaurantes goeses foram abrindo na cidade, ele nunca deixou de ter a sua clientela fiel e de ser uma referência. Para quem gosta de comida picante - e estamos a falar de picante a sério - e de muitas especiarias, as casas de Sebastião são o sítio certo para conhecer uma cozinha que cruza as influências portuguesas com as indianas mas que tem, sem dúvida, uma personalidade muito própria. [Alexandra Prado Coelho]
LISBOA. Calçada Livramento, 17. 1350 Lisboa. Tel.: 213930171. Aberto todos os dias das 12h30-15h e das 19h30-23h. Preço médio: 25 €

Casa da Morna
É um ponto de encontro para alguns africanos que visitam Lisboa. Apesar de o nome indiciar origens cabo-verdianas, é uma casa multicultural em termos gastronómicos. Nas entradas tanto se podem encontrar uns típicos pastéis de milho como uns cogumelos gratinados e uns camarões com alho ou em cama de ananás. Nas carnes não faltam a moamba de galinha, mas também a de ginguba (amendoim), a cachupa, a "cafriela" ou o funge, a que se junta um lisboeta bife do lombo - com tempero mais condimentado, claro. Nos peixes, os caris, as moquecas e os calulus, reinam. Quanto a doces: pudim de queijo ou de coco são alternativas à salada de frutas tropicais. Sala elegante e decorada com quadros de vários pintores, onde as músicas do arquipélago não podiam faltar. De quarta a sábado podem ouvir-se mornas e coladeiras de Cabo Verde tocadas ao vivo. [Fortunato da Câmara]
LISBOA. Rua Rodrigues Faria, 21. 1300 - 501 Lisboa. Tel.: 213 646 399. Aberto todos os dias, das 20h às 2h. Preço médio: 25€


Casa Nepalesa
Tem pouco mais de dois anos mas já se impôs em Lisboa como lugar de referência para descobrir os pratos mais típicos desta cozinha personalizada do sul da Ásia. As influências da Índia são notórias devido à proximidade geográfica; no entanto, o uso de especiarias é mais regrado, mantendo um agradável equilíbrio de sabores. Vários pratos vegetarianos, com os legumes a serem cozinhados a preceito nos tempos de cozedura. Belíssimos os molhos de especiarias variados que surgem nos pratos de borrego, de gambas ou de frango. Na memória ficam o chutney de tomate e os pastéis de trigo com carne. A carta de vinhos está agrupada pelo perfil vínico de cada rótulo. Bem construída, com opções abrangentes nos preços e até alguns topos de gama. Serviço afável e esforçado. De apreciar é a porta de entrada repleta de entalhes em madeira que evocam imagens da cultura nepalesa. [Fortunato da Câmara]
LISBOA. Avenida Elias Garcia, 172A. 1050-103 Lisboa. Tel.: 217 979 797 e 914 455 664. www.casanepalesa.pt. Todos os dias, das 12h às 15h, e das 19h às 23h. Preço médio: 20€


Real Indiana
Mudou há pouco mais de um mês para novas instalações. Continua no Parque das Nações, a poucos metros da anterior morada. A crise forçou a mudança para um espaço mais pequeno, embora a esplanada seja agora mais ampla. Perdeu-se a magnífica decoração da outra sala, mas a qualidade da carta mantém-se. Um menu longo, a preços igualmente avantajados, onde não faltam as especialidades no típico forno tandoor e outras de molhos diversos à base de iogurte, amêndoa, caju, especiarias, picante madras e outros. Galinha, borrego, marisco, porco e vegetarianos são alguns dos capítulos em que se divide a ementa - tudo com acompanhamentos à parte. Alguns pratos biryani(feitos com arroz basmati) completam a extensa lista. Uma particularidade do espaço é o facto de ser frequentado por famílias da comunidade indiana, o que é mais um indicador do bom nível da cozinha. [Fortunato da Câmara]
LISBOA. Alameda Oceanos lote 2. 11. 01. 1990-225 Lisboa. Tel.: 218960303. www.realindiana.pt. Todos os dias, das 12h às 15h, e das 19h às 23h. Preço médio: 30€


Yum Cha Garden
É uma espécie de mundo da cozinha em miniatura o que se pode encontrar numa ruela incaracterística em plena floresta de prédios de Oeiras. Não há nenhum jardim nas imediações, mesmo que o nome o refira. Apenas se confirma o "yum cha", o mesmo quer dizer que se pode "beber chá", pois é isso que pede uma refeição de dim sum. Uma tradição milenar chinesa que surgiu na zona de Cantão e que resulta num conjunto quase interminável de pãezinhos e pastéis recheados, cozinhados ao vapor em cestos de bambu, complementados com porções de marisco ou de carne para petiscar. Neste espaço de cariz familiar, tanto no serviço como no ambiente, pode ter-se uma boa amostra de como seriam os banquetes imperiais durante a dinastia Song. A regra chinesa manda que se comam os dim sum pela manhã ou até ao almoço, mas no Yum Cha Garden estão disponíveis também ao jantar. Vale a pena ir experimentando porque a lista é portentosa e condiz com a qualidade dos múltiplos sabores envolvidos. Convida a mais do que uma visita, sem esforços e a manter preços módicos desde a abertura, em 2010.  [Fortunato da Câmara]
OEIRAS. Praceta Maputo, 6. 2780-023 Oeiras. Tel.: 214415481. www.yumcha.com.pt. Todos os dias, das 12h às 15h30, e das 18h30 às 23h. Preço médio: 20€


Zaafran
Espaço agradável no centro de Lisboa com uma cozinha elaborada que vai um pouco além das especialidades tradicionais indianas. As gambas "ponta d"ouro" e o caril de caranguejo com molho de coco são pratos que remetem para influências de Moçambique. No caso do caril, é feito com caranguejo do Alasca em vez de ser o de casca mole, com o preço a ser condizente com o protagonista, sendo o prato mais caro da ementa. Há, no entanto, o clássico caril verde madras, diversos pratos de carne e duas degustações diferentes (thaali) de quatro itens cada: só com pratos vegetarianos; ou com dois vegetarianos e dois de carne. Há diversas sobremesas, entre elas os gelados de pistáchio ou de gengibre, e o simbólico Falludha - doce Zaafran, feito com açafrão, a especiaria que dá nome à casa. Aos almoços funciona um menu económico de preço fechado, ficando o lado mais envolvente da carta e o ambiente intimista guardado para a noite. [Fortunato da Câmara]
LISBOA. Largo Dona Estefânia, 7. 1100-092 Lisboa. Tel.: 213558894 ou 917006455. www.zaafran.pt.
De segunda a sábado das 12h às 15h, e das 19h30 às 23h. Encerra aos domingos. Preço médio: 10€ (almoço), 25€ (jantar)


Tomo
Tomoaki Kanazawa é um velho conhecido dos apreciadores de cozinha japonesa. Veio para Portugal como cozinheiro da Embaixada do Japão, passou pelo Aya (em Lisboa) e saiu para se estabelecer por conta própria, primeiro em Pedroços e actualmente em Algés. Não se vai ao Tomo pelo ambiente ou pelo décor. O espaço, embora desafogado, é espartano e a decoração algo indistinta. Mas os indefectíveis da cozinha de Tomoaki não parecem dar grande relevância a esses detalhes, preferindo concentrar-se no sabor das suas criações e noutro décor, o dos pratos. Uma boa parte fica-se pelos clássicos sushi e sashimi, contudo, vale a pena ir mais além e desafiar o chef a preparar-lhe um ousado e criativo menuamakase, onde Tomoaki mostra todo o seu talento, ao transformar de forma exímia um conjunto de ingredientes de época, respeitando as regras do tradicional menu kaiseki. Aconselhamos ainda que se opte por um lugar ao balcão, pois observar Tomoaki concentrado a trabalhar é um espectáculo por si só. É como ver um músico tocar cinco instrumentos em simultâneo e ainda dirigir a orquestra - com elegância, rapidez e precisão técnica. Nota: para uma melhor experiência é conveniente marcar o menu do chef de véspera. [Miguel Pires]
ALGÉS. Avenida Bombeiros Voluntários 44, Algés. Tel.: 213010705. De segunda a sábado, das 12h30 às 15h e das 19h30 às 23h. Preço médio: 35€ (menu do chef: 55€)


Jesus é Goês
O nome é, no mínimo, original, mas antes que alguém mais sensível comece a atirar pedras refira-se que o Jesus que aqui se evoca é o do proprietário, JesusLee Fernandes. Este Jesus foi durante anos parte da alma do restaurante Tentações de Goa, de onde saiu para voltar à sua terra natal. Regressado a Lisboa, abriu há pouco mais de um mês o seu próprio espaço, um lugar simples, mas com uma certa alma, de apenas 16 lugares. Dominam as cores fortes e uma figura pintada na parede, a divindade Ganesha, que "segura" a inscrição com o nome do restaurante.
Fusão hindu-cristã? Sim, porque é disso que trata esta cozinha que une ao lume um pouco de Portugal e uma parte da Índia. Prove-se o sarapatel ou o ambot-tic de cação e vai dar para perceber de que falamos. Dá trabalho mas vale bem a pena, também, sujar as mãos para apreciar uma das especialidades da casa, o xec-xec de caranguejo. Existe uma técnica para tirar a carne do bicho da carapaça. Pergunte a Jesus que ele explica. Ah!, reserve-se espaço para a sobremesa: a bebinca é uma das melhores da cidade. [Miguel Pires]
LISBOA. Rua de São José, 23, 1150-321 Lisboa. Tel.: 924401894. De segunda a sábado, das 12h às 15h e das 19h às 23h. Preço médio: 25€


Estoril Mandarim
É o único restaurante chinês de topo em Portugal e nasceu há cerca de década e meia da vontade do magnata do jogo, Stanley Ho, que queria ter por cá um lugar que representasse dignamente a cozinha do seu país. Essa vontade materializa-se diariamente pelas mãos de uma brigada chefiada pelo chinês Peng Kuan, chef de perfil tão discreto quanto o próprio lugar, muito frequentado por políticos, membros da comunidade chinesa, turistas e jogadores do casino.
Na carta predomina a cozinha cantonesa e dela fazem parte alguns clássicos, como as sopas de ninho de andorinha e a de barbatana de tubarão. Contudo, a iguaria mais solicitada é o pato à Pequim, que passa por várias etapas de confecção até que a parte mais apreciada, a pele, fique fina e crocante. Antes do ritual do pato - que é trinchado na mesa, à frente do cliente - uma boa escolha de entrada podem ser as lulas em sal picante. Porém, se for ao almoço esqueça tudo e opte pelos dim sum. É que têm fama de serem os melhores... do mundo, como diz o outro do bolo de chocolate. [Miguel Pires]
ESTORIL. Casino do Estoril. Av. Dr. Stanley Ho. Tel.: 214667270 / 214667700. De quarta a domingo, 12h às 15h e das 19h às 23h. Preço médio: 35€


Midori Penha Longa
Quando se fala de restaurantes japoneses de referência na região de Lisboa, o Midori é constantemente um dos evocados. Desde que abriu, em 1993, quando o hotel onde está inserido ainda era propriedade de japoneses, o restaurante manteve sempre uma óptima reputação (que, aliás, ainda hoje mantém). Contudo, com o passar dos anos, acabaria por cair no esquecimento quando começaram a surgir, um pouco por todo o lado, outros espaços de cozinha nipónica. O Midori chegou mesmo a fechar durante um período mas no ano passado reabriu após uma intervenção que o tornou mais informal, elegante e contemporâneo.
O menu manteve um lado mais clássico mas a oferta passou a contemplar também algumas criações mais ousadas, sendo algumas mesmo de fusão. Osashimi é top, quer na qualidade quer na variedade de peixe, as tempuras são exemplares e as massas, como a udon com vieiras, um prato a não perder. Se gosta que cozinhem à sua frente na chapa, o teppan yaki do Midori vai encher-lhe as medidas e se simpatiza com os menus em caixas (bento box), então vai ter mesmo de lá ir almoçar. [Miguel Pires]
SINTRA. Penha Longa Hotel Spa & Golf Resort. Estrada da Lagoa Azul, Sintra-Linhó. Tel: 219249094. Das 12h às 15h e das 19h30 às 23h (encerra aos domingos e segundas). Preço médio: 40€


Banthai
É curioso que, tendo sido Portugal um dos primeiros países ocidentais a estabelecer contactos e trocas comerciais com a Tailândia (então Sião), nunca tenha existido um grande interesse pela rica cozinha desse país. Um dos raros exemplos - e que dá a sensação de já ter vivido melhores dias - é este restaurante Banthai, em Alcântara. O espaço, decorado sobriamente com motivos tailandeses, comporta cerca de 80 clientes. À noite, sobretudo ao fim-de-semana, parece ser mais animado do que durante a semana, ao almoço, em que a frequência é escassa.
É pena, porque se alguns dos pratos tradicionais estão disponíveis somente ao jantar, como a óptima sopa agridoce tom yam kung (o prato mais famoso da cozinha thai), o caranguejo cozinhado em leite de coco ou a massa pad thai, outros, de sabor igualmente bem apurado, como o caril panang (vermelho) com carne de vaca, por exemplo, podem ser apreciados ao almoço com a vantagem de se sair consolado por pouco mais de 10€ (sopa + menu de almoço com prato, bebida, café e "bolinho"). [Miguel Pires]
LISBOA. Rua Fradesso da Silveira, 2 traseiras, loja 9. Edifício de Escritórios Alcântara-Rio. Tel.: 213621184. De segunda a sábado, das 12h às 15h e das 19h30 às 23h30. Preço médio: 25€


Qosqo
Foi no Verão do ano passado que abriu em Lisboa o restaurante peruano Qosqo. Numa altura em que o Peru vive uma revolução gastronómica e apresenta ao mundo a sua cozinha, em Lisboa Gabriela Ruiz, Marco Leyva e José Araújo apostaram num pequeno espaço de piso térreo e cave para que também os portugueses descobrissem o pisco sour (bebida à base de aguardente vínica), o ceviche (peixe cru cozinhado com sumo de lima), os tiraditos (peixe com diferentes molhos) e as causas (puré de batata com recheio).
O entusiasmo pela comida peruana tinha começado algum tempo antes com os jantares que Gabriela e Vasco Pimentel organizavam no restaurante Isaura, e quando abriu o Qosqo atraiu logo as atenções. Depois de um período de alguma agitação, com os três sócios a adaptarem-se ao súbito sucesso, o restaurante entrou agora numa nova fase, com uma chef, Sara Zegarra, vinda directamente de Lima, e com uma carta maior e mais bem estruturada, que permite descobrir outras especialidades da cozinha peruana como o arroz chaufa (de influência chinesa) ou a carapulcra com chanco glaceado, um prato indígena feito com batata seca desidratada. [Alexandra Prado Coelho]
LISBOA. Rua dos Bacalhoeiros, 26 A. 1100-070 Lisboa. Tel.: 218868061 ou 918604529. Facebook. Aberto de terça a quinta até às 22h; sexta e sábado até às 22h30. Domingo das 13h às 16h30. Preço médio: 20€


Hong Kong Grande Palácio
É comum sentarmo-nos numa das mesas deste restaurante chinês (e aqui a privacidade não é grande porque as mesas são corridas) e termos ao lado uma família chinesa que preenche o seu pedido numa folha escrita em chinês - e à mesa deles chegam geralmente coisas extraordinárias que não conseguimos localizar na lista. Apesar desta frustração momentânea, a lista é longa, não falta por onde escolher, e aqui encontram-se coisas que não se encontram habitualmente noutros restaurantes chineses. A comida é típica de Cantão. Hádim sum de muitas variedades (ha kau, raviolis de barbatana de tubarão, ou de carne e amendoins ou bolo de nabo), e pato lacado à Pequim impecavelmente estaladiço. O império do Grande Palácio tem vindo a crescer: para além do restaurante original, perto da Praça do Chile, há outro junto ao Marquês de Pombal, e um terceiro no Porto. A.P.C.
LISBOA. Rua Pascoal de Melo, 8A. 1170-294 Lisboa. Telefone: 218123349. www.restaurante-chines.com. Aberto todos os dias das 12h à 1h. Preço médio: 20€


Bonsai
É outra referência da cozinha étnica - neste caso da japonesa - em Lisboa. Aberto desde 1986, goza do estatuto do mais antigo da capital. Um dos elementos marcantes do Bonsai, situado no Bairro Alto, é o espaço, com decoração tradicional japonesa e com pequenos "reservados" onde é possível comer sentado no chão, sobre tatamis. Na cozinha está Ricardo Komori, que é, desde 2011, responsável pelo Bonsai, com a mulher, Mio. Ricardo, que passou pelo restaurante de sushi da Bica do Sapato, pelo Midori (Penha Longa) e pelo Assuka, fez várias viagens ao Japão para aperfeiçoar os conhecimentos das técnicas de cozinha japonesas, depois de ter percebido que o que aprendera em Portugal não correspondia exactamente ao que os mestres praticavam no Japão. Agora quer, em Lisboa, mostrar essa cozinha genuína. Ao almoço, para além da carta habitual, é sempre possível experimentar pratos diferentes num menu a dez euros. [Alexandra Prado Coelho]
LISBOA. Rua da Rosa 244, 1200 Lisboa. Telf: 213462515. Facebook. Aberto de segunda a sexta das 12h30 às 14h e das 19h30 às 22h30, sábado das 12h30 às 14h. Preço médio: 25€ (10 € ao almoço)


Kampai
Neste restaurante de 40 lugares e decorado com motivos náuticos existe uma ligação forte entre os Açores e o Japão. À partida pode parecer estranho, dado que pouca ou nenhuma relação existe entre a culinária de ambos os territórios. Contudo, se tivermos em conta que existem nos Açores peixe e chá verde, dois produtos muito presentes na cultura e na gastronomia japonesa, a ligação acaba por fazer sentido. Dos Açores vem então a matéria-prima de excelência, como o atum, o lírio, o goraz ou o imperador, peixes que dão origem a pratos tradicionais nipónicos como sushi ou sashimi. 
A cozinha é séria e embora o lugar, próximo do Parlamento, pudesse inspirar a criatividade do sushiman, não consta que haja nigiris ou temakis com nomes tipo "peixeirada" ou "entroikado". Em alternativa, os gyosa valem bem a pena e frito por frito mais vale experimentar a tempura, que é de boa polme. Se quiser mesmo ser fiel ao conceito, acompanhe a refeição com chá verde ou vinho branco dos Açores. [Miguel Pires]
LISBOA. Calçada da Estrela, 35-37. 1200-661 Lisboa. Tel.: 213971214. www.kampai.pt. Segunda-feira, das 19h30 às 23h30; de terça a sábado, das 12h30 às 15h e das 19h30 às 23h30. Preço médio: 35€


Malaca Too
As mesas deste restaurante de comida malaia estão organizadas entre as máquinas de uma antiga tipografia. Neste cenário original servem-se pratos da Malásia (país cuja cozinha tem influências chinesas, indianas e portuguesas), mas também de outros países orientais como a China ou a Tailândia. O restaurante é um projecto de Yoo Chin, malaia a viver há mais de uma década em Portugal, e que se lançou já noutras aventuras gastronómicas - antes do Malaca Too teve o Café Malaca e entretanto abriu outro espaço perto do Largo do Rato, o Duck Tale. As especialidades que se podem provar no Malaca Too vão desde os crepes vietnamitas ao caril verde (de peixe e camarão), passando pelos mala hai (caranguejos de casca mole) ou peloredang, um caril malaio feito com carne e molho de coco. Vale a pena também experimentar as sobremesas - por exemplo, o arroz preto com açúcar de palmeira de leite de coco. Ao almoço há menus por 9,90 euros. [Alexandra Prado Coelho]
LISBOA. Rua Rodrigues Faria, 103 (Lx Factory, Alcântara). Tel.: 213477082 ou 967104142. Facebook. Aberto todos os dias das 12h às 15h e das 20h às 00h30. Preço médio: 25 euros


PORTO

Restaurante Chinês
É do tempo em que a comida chinesa era um completo exotismo e daí a simplicidade do nome. Abriu já há quase meio século (1966) e resistiu à onda de congéneres que na última década se multiplicou pelos quatro cantos da cidade, o que por si atesta a qualidade. Não caiu na tentação de ceder perante a concorrência, enquanto a grande maioria acabou por fechar portas tão rapidamente com as abria. Cozinha típica chinesa e uma decoração igualmente característica, com colunas e peças de louça, e onde predominam os tons de vermelho. Sala ampla e de tectos altos. O enquadramento, mesmo na embocadura da ponte D. Luís (agora reservada ao metro), e as vistas para o Douro e o mosteiro da Serra do Pilar são outros aliciantes. [José Augusto Moreira]
PORTO. Av. Vímara Peres, 38. 4000-544 Porto. Tel.:222 008 915. Todos os dias, das 12h às 15h e das 20hàs 23h. Preço médio: 12€

Góshò
O Góshò é um restaurante de inspiração japonesa que segue o guião oriental de forma rigorosa e consequente. A começar pelo ambiente e decoração, segundo padrões recomendados pela entidade que supervisiona a instalação de restaurantes japoneses pelos quatro cantos do mundo. O mesmo se diga em relação à confecção e escolha de produtos, igualmente reconhecidos pelas entidades nipónicas que orientam o sector.
O conceito gastronómico desenhado pelo chef Paulo Morais, que continua como consultor do projecto, inclui uma grande variedade de pratos quentes e algumas sugestões de fusão harmonizando produtos portugueses, japoneses ou de outras origens, enquadrados com as técnicas de corte, confecção e apresentação japonesas.  [José Augusto Moreira]
PORTO. Av. Boavista, 1227. 4100-130 Porto. Tel.:226086708. www.gosho.pt. Das 12h às 15h e das 19h às 23h (sexta e sábados até às 00h30). Fecha aos domingos. Preço médio: 25€

Mendi
Propriedade de uma família de restauradores indianos há várias décadas instalados no Porto, o Mendi é uma referência na comida oriental. Começou por instalar-se num primeiro andar junto à Igreja de Cedofeita, mas há cerca de uma década que se mudou para a chamada zona dos hotéis na Avenida da Boavista.
Cozinha pura indiana sem que seja um típico restaurante indiano - quer isto dizer que é confeccionada por cozinheiros vindos da Índia, do Uttar Pradesh, que confeccionam especialidades tandoori condimentadas com ervas e especiarias vindas da região. Aconselhável mesmo para os menos familiarizados com a cozinha indiana, que podem sempre contar com o útil conselho e orientação do senhor Kamal, proprietário e chefe de sala do restaurante. [José Augusto Moreira]
PORTO. Av. da Boavista, 1430, Loja 1. 4100-114 Porto. Tel.: 226091200. Das 12hàs 15h e das 19h30 às 22h30. Fecha ao domingo. Preço médio: 20€


Tia Orlanda Sabores Moçambicanos

Abriu no último Verão mas o sucesso foi imediato. A tia Orlanda está em Portugal há já quase três décadas mas nunca deixou de praticar a cozinha da sua infância moçambicana na região central da Zambézia. Foi a partir das saudades atiçadas pelos petiscos que preparava na Associação Portugal Moçambique que surgiu o desafio para abrir um espaço próprio. Além das comidas típicas como chamuças, caril de caranguejo ou feijão com coco, também os atoalhados e a decoração são tipicamente moçambicanas. Tal como a indumentária da tia Orlanda. Para avivar as memórias de África, ao fim-de-semana há música ao vivo e o ambiente é de festa africana. A procura é muita, pelo que é conveniente reserva antecipada. [José Augusto Moreira]
PORTO. Rua das Taipas, 113. 4050-599 Porto. Tel.: 914622823. Facebook. Das 11h às 24h. Fecha à segunda

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