O Viajante, do português Nuno Mendes, mantém a sua estrela Michelin na nova edição do Guia Michelin para o Reino Unido e a Irlanda 2014, que tem como uma das grandes novidades a conquista de uma estrela para o restaurante Ametsa with Arzak Instruction, aberto pelos bascos Juan Mari e Elena Arzak (pai e filha) em Londres, em Março passado.
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Localizado no hotel de luxo Town Hall, num histórico e renovado edifício, em Bethnal Green, East End, o Viajante conquistou a sua primeira estrela Michelin, em 2011, nove meses após a sua inauguração. Na altura o prestigiado guia distinguia a cozinha “delicada e divertida” de Mendes. E, na edição para 2014, o Viajante não desarma: mantém a estrela conquistada com “ingredientes únicos e técnicas inovadoras”, como se pode ler na apresentação do próprio restaurante.
A outra notícia, que entusiasmou particularmente os britânicos, foi a atribuição de uma segunda estrela ao Dinner, o restaurante londrino do chef Heston Blumenthal, que abriu em 2011 no Hotel Mandarin Oriental, próximo de Hyde Park.
Blumenthal já disse ter ficado muito feliz com a notícia e elogiou a equipa do Dinner que o ajuda a pôr em prática alguns dos seus famosos pratos históricos, como a “fruta de carne” inspirada na época medieval (quem quiser saber como nascem estas ideias pode seguir a série Heston’s Feasts, actualmente a ser exibida na SIC Radical). “Como britânico, sinto-me muito orgulhoso por um restaurante que se inspira e que celebra a cozinha histórica britânica seja reconhecido hoje”, declarou o chef.
Igualmente felizes ficaram os Arzak pelo reconhecimento do seu restaurante localizado no hotel The Halkin by Como, em Belgravia. E se Blumenthal passa agora a ter, ao todo, seis estrelas (três para o The Fat Duck e uma para o Hinds Head, para além das duas do Dinner), Juan Mari e Elena somam já quatro (três delas no seu restaurante de San Sebastian).
A edição 2014 do famoso guia recompensa também o trabalho do peruano Virgílio Martinez, atribuindo uma estrela ao seu restaurante londrino chamado Lima – o que representa ao mesmo tempo um reconhecimento do interesse cada vez maior que a cozinha peruana está a despertar.
Feitas as contas, o guia promove de uma a duas estrelas dois restaurantes: o já referido Dinner, e The Greenhouse, de Arnaud Bignon. Há 15 novos espaços aos quais foi atribuída uma estrela, e um, L’Atelier de Joël Robuchon, que perdeu uma estrela, caindo das duas para uma. No total, a Inglaterra continua a ter quatro restaurantes com três estrelas Michelin: Fat Duck, Waterside Inn, Gordon Ramsay e Alain Ducasse at The Dorchester.