Fugas - restaurantes e bares

  • Dieter Koschina levou Vila Joya a subir 15 posições
    Dieter Koschina levou Vila Joya a subir 15 posições Vasco Célio
  • Dinamarquês Noma volta a ser o melhor do mundo
    Dinamarquês Noma volta a ser o melhor do mundo Christian Charisius/Reuters

Vila Joya eleito 22.º melhor restaurante do mundo e Noma reconquista coroa

Por Luís J. Santos

Dinamarquês Noma recupera liderança perdida em 2013. Algarvio Vila Joya volta a brilhar e sobe 15 posições, ficando entre os 25 melhores do mundo.

“A sério, quem é que esperava isto?”, dizia um surpreendido René Redzepi ao receber o prémio de “melhor restaurante do mundo”, divulgado esta segunda-feira à noite em Londres. “Já estávamos satisfeitos por irmos ficar entre os 20 primeiros”, afiançava o chef dinamarquês do Noma, que durante três anos consecutivos conquistou o galardão e o perdeu em 2013 — o que permitiu à Catalunha, graças ao El Celler de Can Roca, voltar a ser a região gastronómica número um do mundo, depois do longo reinado do já encerrado El Bulli de Ferran Adrià.

Dos prémios The World’s 50 Best Restaurants, organizados pela revista britânica Restaurant — uma bíblia da restauração mundial — e votados por mais de 900 especialistas de todo o mundo, saíram não só uma nova coroa para o Noma mas também boas notícias para Portugal. Em 2012, o Vila Joya tornou-se o primeiro restaurante de Portugal a entrar para a lista. Em 2013, conquistou o 37.º lugar. E, este ano, o restaurante do chef Dieter Koschina, em Albufeira, conseguiu subir 15 posições, passando a 22.º melhor do mundo.

Na tabela novamente dominada pelo Noma, o Can Roca passou a 2.º, enquanto em 3.º se manteve a Osteria Francescana de Massimo Bottura, em Modena, Itália. O melhor dos EUA, o Eleven Madison Park de Nova Iorque, é 4.º, e o londrino Dinner by Heston Blumenthal é o 5.º. O top 10 completa-se com o basco Mugaritz, o brasileiro D.O.M. (o melhor da América do Sul, tendo o seu chef, Alex Atala, conquistado o Chef’s Choice Award, votado apenas por chefs), mais um basco, o Arzak de San Sebastián, o Alinea de Chicago e mais um londrino, The Ledbury.

Nos prémios extra-top, o Brasil conseguiu não só a distinção de melhor chef para Atala, como Helena Rizzo (do Mani de São Paulo, que subiu para 36.º) foi premiada como a melhor chef do mundo. O prémio de carreira foi para Fergus Henderson, do St. John de Londres, considerado um patriarca da restauração britânica. Já o restaurante emergente é norte-americano: é o Saison, de São Francisco. 

Na lista, a Espanha continua em alta, apesar de ter perdido a liderança. Além de ter conquistado posições de destaque na lista, o país conseguiu ainda mais dois prémios. Enquanto o galardão da sustentabilidade foi para mais um basco, o Azurmendi de Eneko Atxa, uma outra distinção poderá servir para adoçar a boca do destronado da noite: o prémio de melhor chef pasteleiro foi para Jordi Roca, um dos três irmãos que chefiam o ex-melhor restaurante do mundo.

--%>