Fugas - restaurantes e bares

Em Helsínquia, na Finlândia, onde começou a iniciativa.  Este restaurante por um dia chamava-se Piirakkapuoti e funcionou a 18 de Agosto de 2013

Em Helsínquia, na Finlândia, onde começou a iniciativa. Este restaurante por um dia chamava-se Piirakkapuoti e funcionou a 18 de Agosto de 2013 DR/Roy Bäckström/Restaurant Day

No Restaurant Day, qualquer um pode abrir o seu “restaurante” por um dia

Por Eduardo Pereira Batista

A cada estação, volta esta iniciativa internacional que abre “restaurantes” informais ao gosto de cada um. Por Portugal, no Dia do Restaurante, a 17 de Maio, há mais de 30 "restaurantes pop-up”, com epicentro na zona das Caldas da Rainha mas também com experiências no Porto.

“Pode ser tudo e mais alguma coisa”, começa por explicar-nos Rogério Nuno Costa, embaixador do Restaurant Day em Portugal para a zona Porto e Norte. “Podem existir espaços abertos em casas particulares, na praia, à beira-rio, numa paragem de autocarro, num vão de escadas, em rulotes ou em barraquinhas”, refere, a propósito desta iniciativa nascida na Finlândia em 2011 e hoje já presente em mais de 50 países. Chamam-lhe mesmo “o maior festival gastronómico do mundo”. Em Portugal, o evento de 17 de Maio contava com duas inscrições no Porto e cerca de 30 pelas Caldas da Rainha (isto também porque, por aqui, o Restaurant Day se interliga com outro evento gastronómico, o Caldas Food Day).

O objectivo passa por permitir a todos os apaixonados pela cozinha, independentemente de serem profissionais ou não, de mostrarem os seus dotes e também de conviverem com outras pessoas que gostam de cozinhar ou, claro, apenas de comer. A cada Restaurant Day, qualquer um pode abrir o seu estabelecimento temporário.

Para participar os interessados só precisam de criar um menu especial para o dia, escolher o conceito do espaço temporário, definirem a sua localização e inscrever o seu restaurante por um dia no site oficial do evento.

Mais do que restaurantes – termo que aqui funciona mais como referência conceptual – o que se abre a toda a gente são “espaços de convívio” e “espontâneos”. “Não é o lucro que importa, mas sim o convívio entre os participantes e os visitantes”, resume Filipa Valente, também embaixadora do Restaurant Day, no caso responsável por Lisboa e Sul. O que se pretende é destacar a partilha, o “acto de receber, o de servir o outro”.

As redes sociais têm uma extrema importância para o evento, explica Rogério: “Queremos que as pessoas tirem fotografias às suas experiências, que comentem e partilhem as suas opiniões nas mais variadas redes sociais”.

No site pode-se aceder à lista de participantes descobrindo os restaurantes no mapa ou numa lista filtrada por interesses. O Restaurant Day tem ainda uma aplicação para telemóveis.

Ao longo das diversas edições, o Restaurant Day já conseguiu conquistar mais de três dezenas de países e em redor de duas centenas de cidades. Nas últimas edições, o número de restaurantes tem variado entre cerca de 1400 a 1700 mas, segundo a organização, esta Primavera deverão estar em 34 países, somando mais de 2100 participantes.

Saliente-se que o regulamento da organização internacional do evento exclui “restaurantes” com objectivo “comercial, político ou religioso”, “ligados a marcas comerciais existentes” ou que “promovem um espaço comercial ou negócio”.

As próximas edições vão decorrer no Verão, a 17 de Agosto, e no Outono, a 15 de Novembro. Os "embaixadores" portugueses apostam numa maior divulgação da iniciativa e esperam que a edição de Verão em Portugal seja mais abrangente e conte com muitos mais participantes.

Restaurant Day Portugal: site | facebook

 

Texto editado por Luís J. Santos

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