A técnica é usada pela maioria dos pescadores no Japão, acrescenta Tomo. Alguns fazem-na ainda dentro do barco, outros transportam o peixe em água até ao porto e aí praticam o ikejime. E é difícil aprender? Nem por isso, garante o chef japonês. Se houver dúvidas sobre a localização exacta do ponto-chave, pode-se introduzir o arame no nariz do peixe, e chega-se à espinal medula. Para perceber melhor, pode-se abrir o animal e procurar o ponto exacto junto ao osso da espinha. De qualquer forma, Tomo já ensinou três pescadores em Peniche (“que eu saiba só um está a usar a técnica”, diz) e está disposto a ensinar outros que queiram aprender o ikejime.
Quanto ao teste final – o da qualidade da carne – os participantes do jantar do Sangue na Guelra, não tiveram dúvidas: o peixe “não stressado” foi o claro vencedor.