Fugas - restaurantes e bares

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Não separe o homem o que a cerveja uniu

Outra das preocupações de Zanatta é demonstrar que beber cerveja não é sinónimo de ter barriguinha. “O segredo é moderação — mais até nos acompanhamentos, como fritos, bolinhos, de que toda a gente abusa, do que na cerveja.”

A paixão pela cerveja é genuína. Por isso sintetizou com emoção a cerimónia de entronização que a tornou membro da Confraria da Cerveja, que tem como objectivo defender o património desta bebida, promovendo e comemorando os seus benefícios nas suas várias vertentes. “Fiquei muito sensibilizada com o respeito e o carinho com que por aqui todos tratam a cerveja. Também acho que a cerveja merece um tratamento assim. No Brasil não temos nada disso.”

Criada em Abril de 2003, a Confraria da Cerveja conta já com mais de 500 confrades. Todos os anos convida figuras públicas e líderes de opinião (Confrades de Honra), parceiros do negócio cervejeiro português (Confrades Protectores) e colaboradores das cervejeiras (Confrades Mestres). Entre os nomes entronizados este ano encontram-se os humoristas César Mourão, Salvador Martinha e Fernando Mendes (Confrades de Honra) ou os responsáveis pelas marcas de cervejas artesanais Sovina, Vadia e Rolls Beer, respectivamente, Arménio Martins, Vítor Silva e Aníbal Lopes (Confrades Mestres). Para o ano há mais. E Zanatta quer regressar — e trazer o marido.  

A cerveja é o sabor da vida de Francisca Paes

Leitora da Fugas foi a segunda consumidora entronizada pela Confraria da Cerveja. Escreveu que a cerveja dá-lhe sabor à vida e o júri escolheu-a para representar os consumidores.

Quem vê caras não vê corações, e quem vê costas pode muito bem ver copos de cerveja. É impossível não reparar nelas, nas costas e nas cervejas, com a Ponte da Arrábida como pano de fundo, na fotografia que venceu o passatempo organizado pela Fugas para escolher a consumidora que foi entronizada pela Confraria das Cervejas.

Francisca Paes descobriu por acaso que se podia candidatar a ser uma nova confradesa cervejeira — não era o prémio da viagem e estadia ao Porto que a atraía, já que esta é a sua cidade natal. “Estava em casa, estive doente uns dias, quando encontrei o passatempo por acaso, numa rede social. Desafiei umas amigas e tirámos a foto”, explica à Fugas, referindo-se à selfie em que ela e as amigas estão de costas, mas as cervejas estão bem à vista.

O passatempo lançado pela Fugas e pela Confraria da Cerveja exigia que o leitor demonstrasse ser um verdadeiro amante da cerveja e isso, para Francisca Paes, era jogar em casa e com o estádio cheio. “ A culpa foi do meu pai, que começou a desenhar-me bigodes com espuma da cerveja ainda eu era pequenita”, recorda. Por isso começou a sua frase, a que acabou vencedora, a dizer isto: “A cerveja é o meu pai, que me ensinou a gostar”.

Ensinou-a a gostar, e muito. “Se pudesse, bebia todos os dias”, admite. Agora que já é crescida — “Tenho mais de 18 anos, juro”, brinca — confessa que prefere cerveja em qualquer situação, com qualquer comida e independentemente da companhia. “Ninguém se acredita em mim, mas acho que cerveja e sushi combinam bem”, dizia ela, ainda antes de ouvir Kathia Zanatta  explicar que todos os pratos são harmonizáveis com uma cerveja. De resto, se em teoria o tamanho pode não contar para nada, a verdade é que Francisca tem nas garrafas de minis a sua cerveja preferida. “Têm o tamanho certo para alguém como eu. Que também sou pequenina”, termina.

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