O incremento de qualidade nos brancos é notório de ano para ano e entre os vinhos agora provados há alguns com características que claramente os colocam num patamar superior.
Apreciamos particularmente o Verdelho Original by António Maçanita, o Curral Atlântis Arinto dos Açores, e um Verdelho e Arinto do Açores da Adega a Buraca que só será lançado nos próximos meses e deverá ter a marca Cacarita no rótulo. Um belo vinho com a acidez marcada e a salinidade típica dos vinhos da região.
Muito interessante também o Frei Gigante da colheita de 2009, que mantém toda a frescura e bom balanço de boca, que é prova do bom envelhecimento que podem ter os vinhos da região. Fino elegante, profundo e com uma acidez fresca e vibrante também o licoroso da Adega Buraca 2007, a mostrar o verdadeiro prodígio da natureza que são os licorosos naturais (sem acrescentar aguardente) das vinhas de lava.
Curiosos o Rosé Vulcânico, com aspecto provençal e frescura de um branco, e o desafiador Isabela a Proibida, um tinto elegante e de baixa densidade, cujo aroma logo denuncia o produtor directo, ou vinho de cheiro como localmente é conhecido. Um exercício provocatório e interessante que vale a pena experimentar.
Pela negativa, a sensação de recuo nos Magma, da Cooperativa dos Biscoitos, na Ilha Terceira, aquele foi primeiro produtor do arquipélago a destacar-se pela qualidade. Provaram-se as últimas duas colheitas e os vinhos parecem longe da pujança e vivacidade que os caracterizavam.