Quanto aos outros eleitos desta terceira temporada, o autor de Chef’s Table justifica-se. Michel Troisgros (La Maison Troisgros, Roanne) representa “a tradição e o futuro” e Adeline Grattard (Yam’Tcha, Paris), o lado exótico e atípico da capital francesa. E Alain Passard? “Bom, Passard, é Passard.”
A quarta série já está em preparação, tendo a equipa andado pela Rússia, com Vladimir Mukhin, Peru, com Virgilio Martinez, Alemanha, com Tim Raue, e Estados Unidos, com Nancy Silverton e Ivan Orkin. Com este último e, sobretudo, com Jeong Kwan, uma monja budista sul-coreana, Chef’s Table arrisca sair fora do contexto clássico dos chefs de cozinha. Este será um dos caminhos a explorar no futuro, ainda que não pretendam deixar o universo original.
Quanto a algumas ausências mais evidentes, Gelb justifica-as. Não filmaram Michel Bras, porque existe um filme recente sobre o francês; quanto a René Redzepi, confessa que tem muita vontade de fazer alguma coisa com o responsável do Noma, mesmo que já haja três ou quatro documentários sobre o dinamarquês. Questiono-o sobre a ausência de Espanha, que possui alguns dos chefs mais influentes das últimas décadas, e Gelb responde com algum embaraço. “Sim, teremos de fazer algo especial com eles. Ainda não calhou.” Por fim, quase na despedida, a pergunta inevitável: e Portugal? Nesse momento, quando acabava de responder que nunca tinha estado no país, um membro da sua equipa interrompe-nos: “Oh boy, tens de conhecer. Portugal é incrível!”. Gelb sorriu e dirigiu-me um desafio: “Se tiveres alguém com uma boa história, ou se houver uma boa história para contar, diz-me.”
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