Fugas - restaurantes e bares

Daniel Rocha

Continuação: página 2 de 2

Sucesso português inspira Time Out a lançar mercado em Londres

Para já, João Cepeda não avança nomes, mas garante que “donos de vários restaurantes já mostraram interesse”. “Há óptimos indícios de que não será difícil” preencher todos os stands, afirma, indo até mais longe: “podia encher os dois mercados com os pedidos que já nos chegaram, mas não queremos fazê-lo assim, porque a curadoria feita pela equipa local é um elemento essencial e diferenciador do conceito”.

Ainda que com muita estrada por definir e desbravar, o certo é que o carro da expansão internacional não dá sinais de querer abrandar. A prospecção de novos destinos onde implementar o conceito ocupa “metade do tempo” da equipa. Na calha, estão os Estados Unidos, com “possibilidades muito fortes” em Nova Iorque e Miami. É para lá do Atlântico que as atenções estão especialmente viradas neste momento, confessa o responsável, mas também querem crescer na Europa. Berlim é “uma hipótese”, ainda sem “nada confirmado”.

O ramo da Time Out Market está a crescer dentro do grupo e se a parte financeira passa a estar sediada em Londres, a parte criativa vai manter-se em Lisboa, onde o conceito nasceu. É a equipa portuguesa que continuará responsável por todos os aspectos que “dão corpo ao conceito” nas novas localizações, da arquitectura do espaço ao design e curadoria. Um facto que orgulha João Cepeda. “Sinto cada vez mais orgulho no nosso trabalho nacional. Tem sido muitíssimo elogiado por onde passamos [na procura de novos mercados] e muitos já conheciam o conceito do mercado da Ribeira – é mesmo um case study em muitos sítios -, o que revela que a qualidade [do projecto] é valorizada pelo mundo fora”.

O mercado da Time Out foi inaugurado em Lisboa em 2014, no histórico edifício junto ao Cais do Sodré. João Cepeda era então director da versão lisboeta da revista. Quatro anos antes, tinham sido candidatos isolados num concurso municipal para revitalizar o mercado da Ribeira. Venceram. Actualmente, o edifício integra “24 restaurantes, oito bares, mais de uma dezena de espaços comerciais e uma sala de espectáculos”, enumeram no site. No primeiro semestre deste ano, registaram “um crescimento de receitas na ordem dos 106%, um recorde face ao número de visitantes (1,3 milhões)”, indicavam na semana passada em comunicado, a propósito da chegada ao Porto.

--%>