Fugas - restaurantes e bares

  • DR
  • DR
  • DR
  • DR
  • DR

Um brunch com sabor a almoço na praia do Tamariz

Por Bárbara Wong

Em cima da praia, com vista para o Forte da Cruz ou para Cascais, a oferta do Villa Tamariz distingue-se da casa-mãe, a Penha Longa.

É domingo e quem pode acorda tarde. Foi o que fizemos num domingo chuvoso em que só apetecia ficar na cama. Contrariámos a vontade de mandriar e lá fomos, de Lisboa em direcção ao Estoril, pela Avenida Marginal, com os limpa pára-brisas num movimento constante que nos permitia ver a estrada e a praia.

O carro fica do lado do Casino do Estoril, onde mesmo ao fim-de-semana o parqueamento é pago. Corremos para o túnel que nos leva para a praia do Tamariz e mal saímos ali está ele, do lado direito, imponente no seu amarelo forte, o edifício do Villa Tamariz Utopia.

Conseguimos imaginar a esplanada, agora vazia, cheia de gente nos cadeirões brancos e nos bancos altos junto ao bar num dia quente de Verão. Atravessamos a esplanada, subimos uns degraus e estamos na entrada do restaurante. Susana Tomé dá-nos as boas vindas e oferece um sumo de laranja natural ou um copo de espumante. Escolhemos o sumo, que acabámos de acordar.

Depois guia-nos pelas mesas onde há uma variedade de pães, doces e bolos, iorgurte natural com granolas, frutas, entradas frias (das saladas aos mexilhões, passando pelos legumes salteados ou pelos cuscus), entradas quentes como salgados ou tartes. Ao balcão está o chef Mário Cruz à espera dos pedidos – omoletes, ovos mexidos ou Benedict; ou arrozes cremosos que não são risottos mas andam lá muito perto – há arroz com cogumelos ou com ostras, lima e algas, por exemplo.

Mas a grande aposta é nos pratos quentes – à medida que levantamos as tampas, somos surpreendidos com ingredientes como o feijão, o chouriço, a batata… Há uma carne de porco à portuguesa e uma caldeirada de peixe.

Mário Cruz é o responsável pela carta do Villa Tamariz. Este espaço pertence ao Penha Longa, em Sintra, mas a sua cozinha é autónoma, e tudo é feito no Estoril, garante o chef. A inspiração vem-lhe dos produtos da época, diz à Fugas, bem como da cozinha da avó e da mãe, do Norte do país. “São receitas simples, mas com um toque bastante pessoal e com inspiração nortenha, com sabores intensos”, define o cozinheiro.

Na sala toda virada para o mar ouvem-se vários idiomas, o espanhol do casal com os filhos pequenos, o alemão de uma família com filhos já adultos, o inglês misturado com o português de um grupo de amigos que serão professores e investigadores em vários cantos do mundo. Cada um levanta-se do seu lugar e vai buscar o que lhe apetece comer. Está tudo incluído nos 25 euros que custa o brunch (excepto as bebidas).

A reacção à carta de Outono do Villa Tamariz tem sido boa, garante Mário Cruz. “Temos um feedback muito positivo e bons comentários por parte dos clientes, apesar de termos pratos mais arrojados”, diz. “Arrojados” são o sarrabulho ou a cabidela, exemplifica. Os estrangeiros, que poderiam estranhar mais estas opções, gostam. “Se o produto for de qualidade, se não houver exagero no tempero, a comida é bem aceite”, conclui.

Para as festividades que se aproximam, Natal e Fim-de-Ano, o Villa Tamariz Utopia tem novas sugestões de brunch (45 euros).

A Fugas experimentou o brunch de domingo a convite do Villa Tamariz Utopia

--%>