Fugas - restaurantes e bares

  • Na bancada do restaurante Ribamar
    Na bancada do restaurante Ribamar Enric Vives-Rubio
  • Entre a oferta dos dez restaurantes, há também hambúrgueres, mas de peixe
    Entre a oferta dos dez restaurantes, há também hambúrgueres, mas de peixe Enric Vives-Rubio
  • Peixe fresco exposto no festival
    Peixe fresco exposto no festival Enric Vives-Rubio
  • O Peixe em Lisboa está a estrear o Pavilhão Carlos Lopes depois das obras de renovação
    O Peixe em Lisboa está a estrear o Pavilhão Carlos Lopes depois das obras de renovação Enric Vives-Rubio
  • Peixe em Lisboa com morada nova, no Pavilhão Carlos Lopes
    Peixe em Lisboa com morada nova, no Pavilhão Carlos Lopes Enric Vives-Rubio

Peixe e marisco já ocupam o Pavilhão Carlos Lopes

Por Alexandra Prado Coelho

Festival Peixe em Lisboa, com nova morada, este ano no Parque Eduardo VII, está de portas abertas até dia 9.

Pavilhão Carlos Lopes, no Parque Eduardo VII, a cheirar a novo e, desde as 18h de sexta-feira, de portas abertas para receber a 10ª edição do festival Peixe em Lisboa que aqui decorre até dia 9. Há várias novidades este ano, uma delas visível logo nos primeiros momentos: o Mercado Gourmet que, quando o festival se realizava no Pátio da Galé, acontecia numa zona separada, está agora na mesma área dos dez restaurantes presentes e das mesas, que se espalham pelo centro do pavilhão desportivo.

Falta aqui a luz do dia que o Pátio da Galé tem mas, por outro lado, há mais espaço. Os dez restaurantes estão ao fundo, cada um com um painel que mostra as variedades de peixes e mariscos que existem em maior quantidade na costa portuguesa. O primeiro chef que encontramos é Henrique Sá Pessoa, que está a estrear-se no Peixe em Lisboa com o seu restaurante Alma.

As portas abriram há pouco tempo, por isso é ainda cedo para avaliar o que poderá ser esta 10.ª edição neste novo espaço. Sá Pessoa acredita que muita gente virá com curiosidade de ver como está o renovado pavilhão e lembra que o Peixe em Lisboa é o mais importante festival gastronómico que se realiza em Portugal, pelo que quis marcar presença – até porque o peixe e os mariscos são produtos em destaque no Alma, no menu que baptizou como Costa a Costa e do qual traz alguns exemplos para o festival.

Um pouco mais à frente está outro “estreante”, Hugo Brito, do restaurante Boi-Cavalo, em Alfama, um espaço pequeno e descontraído, com uma cozinha de autor cheia de criatividade, e que vem para aqui naquilo que reconhece ser uma verdadeira aventura. Ao lado de restaurantes com uma grande estrutura por trás, como o Ritz, com a cozinha liderada pelo chef francês Pascal Meynard, o Boi-Cavalo pertence sem dúvida a outro campeonato. Mas isso não assusta Hugo Brito, que conseguiu reunir uma equipa de chefs amigos, alguns com experiência em restaurantes fora de Portugal, e que aceitaram participar com todo o entusiasmo.

Continuamos a percorrer a zona dos restaurantes. Alguns vão começando a pôr pratos em cima da bancada para os clientes poderem escolher melhor o que preferem. Este ano, o Peixe em Lisboa, uma iniciativa da Associação de Turismo de Lisbo,a com apoio da Câmara Municipal e tendo como director Duarte Calvão, apresenta-se com um novo parceiro na produção, a empresa DOT Global e LGSP Events, e isso trouxe algumas alterações, entre elas a do método de pagamento. Quem entra no Pavilhão Carlos Lopes recebe um cartão de pré-pagamento, que vai usando nos diferentes restaurantes e que paga apenas à saída – um sistema que substitui o utilizado nas edições anteriores de pagamento por senhas.

Encontramos de seguida Paulo Morais, o sushiman actualmente à frente do restaurante Rabo d'Pêxe, que está já a fazer sushi por trás de uma bancada com belos peixes frescos pousados sobre gelo. Todos os chefs estão presentes para a abertura do festival, à excepção de Kiko, fora de Lisboa em filmagens para um programa televisivo e que deixou no seu espaço o chef António Barros.

Alguns restaurantes optam por mostrar apenas os pratos já prontos, outros gostam de exibir também os produtos frescos. O último na fila é o Ribamar, de Helder Chagas, que apresenta a sua bancada mariscos – a grande estrela aqui é o prato a que chamou Prazeres de Tróia e que junta ouriços, pés-de-burro, burriés e camarão da costa.

Quem se senta nas mesas tem vista privilegiada para os expositores do Mercado Gourmet, onde se destacam presenças habituais de sempre no Peixe em Lisboa, como de Açucena Veloso e a sua banca de peixe, apresentando o melhor do que vende diariamente no Mercado 31 de Janeiro aos principais chefs lisboetas. Também Rita Beltrão Martins, da Terrius, aproveita sempre os dez dias do festival para divulgar os seus produtos, dos cogumelos desidratados às farinhas de bolota ou de maçã. Uma banca nova é a da Muita Fruta, onde encontramos Adriana Freire, da Cozinha Popular da Mouraria, a apresentar o seu projecto de aproveitamento da fruta dos quintais de Lisboa, muita da qual é habitualmente desperdiçada.

Até dia 9 o festival estará aqui, com sessões com chefs estrangeiros convidados: o espanhol Ricardo Camarena (dia 3), o britânico Alyn Williams (dia 7), Sergi Arola, um espanhol cada vez mais português pelos restaurantes que tem na Penha Longa (dia 1) e o brasileiro Filipe Schaedler (dia 6). Há também apresentações de vários chefs portugueses, entre outras actividades, como o Concurso das Pataniscas (uma estreia, dia 3) e o já famoso Concurso dos Pastéis de Nata (dia 5).

Para quem quiser ter acesso a todas as informações sobre o festival, incluindo perfis de chefs e restaurantes, foi criada uma app Peixe em Lisboa 2017.

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