Pavilhão Carlos Lopes, no Parque Eduardo VII, a cheirar a novo e, desde as 18h de sexta-feira, de portas abertas para receber a 10ª edição do festival Peixe em Lisboa que aqui decorre até dia 9. Há várias novidades este ano, uma delas visível logo nos primeiros momentos: o Mercado Gourmet que, quando o festival se realizava no Pátio da Galé, acontecia numa zona separada, está agora na mesma área dos dez restaurantes presentes e das mesas, que se espalham pelo centro do pavilhão desportivo.
Falta aqui a luz do dia que o Pátio da Galé tem mas, por outro lado, há mais espaço. Os dez restaurantes estão ao fundo, cada um com um painel que mostra as variedades de peixes e mariscos que existem em maior quantidade na costa portuguesa. O primeiro chef que encontramos é Henrique Sá Pessoa, que está a estrear-se no Peixe em Lisboa com o seu restaurante Alma.
As portas abriram há pouco tempo, por isso é ainda cedo para avaliar o que poderá ser esta 10.ª edição neste novo espaço. Sá Pessoa acredita que muita gente virá com curiosidade de ver como está o renovado pavilhão e lembra que o Peixe em Lisboa é o mais importante festival gastronómico que se realiza em Portugal, pelo que quis marcar presença – até porque o peixe e os mariscos são produtos em destaque no Alma, no menu que baptizou como Costa a Costa e do qual traz alguns exemplos para o festival.
Um pouco mais à frente está outro “estreante”, Hugo Brito, do restaurante Boi-Cavalo, em Alfama, um espaço pequeno e descontraído, com uma cozinha de autor cheia de criatividade, e que vem para aqui naquilo que reconhece ser uma verdadeira aventura. Ao lado de restaurantes com uma grande estrutura por trás, como o Ritz, com a cozinha liderada pelo chef francês Pascal Meynard, o Boi-Cavalo pertence sem dúvida a outro campeonato. Mas isso não assusta Hugo Brito, que conseguiu reunir uma equipa de chefs amigos, alguns com experiência em restaurantes fora de Portugal, e que aceitaram participar com todo o entusiasmo.
Continuamos a percorrer a zona dos restaurantes. Alguns vão começando a pôr pratos em cima da bancada para os clientes poderem escolher melhor o que preferem. Este ano, o Peixe em Lisboa, uma iniciativa da Associação de Turismo de Lisbo,a com apoio da Câmara Municipal e tendo como director Duarte Calvão, apresenta-se com um novo parceiro na produção, a empresa DOT Global e LGSP Events, e isso trouxe algumas alterações, entre elas a do método de pagamento. Quem entra no Pavilhão Carlos Lopes recebe um cartão de pré-pagamento, que vai usando nos diferentes restaurantes e que paga apenas à saída – um sistema que substitui o utilizado nas edições anteriores de pagamento por senhas.
Encontramos de seguida Paulo Morais, o sushiman actualmente à frente do restaurante Rabo d'Pêxe, que está já a fazer sushi por trás de uma bancada com belos peixes frescos pousados sobre gelo. Todos os chefs estão presentes para a abertura do festival, à excepção de Kiko, fora de Lisboa em filmagens para um programa televisivo e que deixou no seu espaço o chef António Barros.