Fugas - restaurantes e bares

  • A prova
    A prova Rui Gaudêncio
  • As dez pataniscas concorrentes
    As dez pataniscas concorrentes Rui Gaudêncio
  • Rodrigo Meneses, um dos membros do júri, avaliando uma patanisca
    Rodrigo Meneses, um dos membros do júri, avaliando uma patanisca Rui Gaudêncio
  • O júri em acção
    O júri em acção Rui Gaudêncio
  • Os representantes dos três restaurantes vencedores, com Maria de Lourdes Modesto e, à direita na foto, Virgílio Gomes
    Os representantes dos três restaurantes vencedores, com Maria de Lourdes Modesto e, à direita na foto, Virgílio Gomes Rui Gaudêncio
  • Primeiro lugar, restaurante Casa do Bacalhau.
    Primeiro lugar, restaurante Casa do Bacalhau. Rui Gaudêncio
  • Segundo lugar, restaurante O Poleiro
    Segundo lugar, restaurante O Poleiro Rui Gaudêncio
  • Terceiro lugar, restaurante D'Bacalhau
    Terceiro lugar, restaurante D'Bacalhau Rui Gaudêncio

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A melhor patanisca de Lisboa está na Casa do Bacalhau

Identificadas como petisco de Lisboa, as pataniscas existem, com diferentes formas, no resto do país. Rodrigo Meneses, membro do júri e transmontano, disse que as conhecia redondas, mais semelhantes a sonhos, como são feitas no Norte. O mesmo afirmou a chef Justa Nobre, também transmontana, sentada na assistência, e que explicou que só quando se mudou para Lisboa é que começou a fazer pataniscas achatadas, mais ao gosto dos habitantes da capital. Revelou também que fazia umas especiais para Mário Soares quando o antigo Presidente ia ao seu restaurante. “Pedia-me sempre para as fazer com mais farinha e menos bacalhau.”

A receita mais antiga que Virgílio Gomes encontrou nas suas pesquisas foi no livro Arte do Cozinheiro e do Copeiro do Visconde de Vilarinho de São Romão, 1841. Aí é chamada de Bolinhos de Bacalhau mas “tem o detalhe de não incluir a batata que veio mais tarde a dar origem ao pastel de bacalhau”. Conta ainda outra curiosidade: em 1990, no 1.º Concurso de Gastronomia Lisboeta, na lista de pratos a concurso estão já as Pataniscas de Bacalhau.

Servidas como entrada ou como prato principal, acompanhadas por arroz que pode ser de tomate, de grelos, ou outro, desde que malandrinho, a patanisca tem, conclui Virgílio, as características necessárias para ser um “emblema culinário” de Lisboa.  

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