Fugas - restaurantes e bares

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No Pesqueiro 25, tudo o que vem à tábua é marisco – agora também em Lisboa

Por Mara Gonçalves

A primeira marisqueira Pesqueiro 25 abriu há menos de um ano em São Martinho do Porto. No final de Abril, chegou a Lisboa, com a inauguração de um novo espaço no Cais do Sodré. E a promessa é de não ficar por aqui.

Abrir uma marisqueira em Lisboa “era um sonho” antigo de João Diogo Esteves, um dos proprietários e chef principal do Pesqueiro 25. Menos de um ano depois de inaugurar a primeira casa, no cais de São Martinho do Porto, surgiu a oportunidade de rumar à capital e transformar aquilo que seria apenas a sala de pequenos-almoços do novo hotel 262 Authentic Suites na nova marisqueira da cidade. O segundo Pesqueiro 25 abriu no Cais do Sodré a 25 de Abril, para celebrar a simbologia que o número representa para o projecto: foi na porta 25 da Rua Cândido dos Reis que nasceu o primeiro restaurante, em Junho de 2016.

O novo espaço replica a ementa da casa-mãe. As formas de confecção, a qualidade e a frescura dos produtos são as mesmas, garante o responsável. “A única diferença é mesmo a vista.” Se em São Martinho as janelas se abrem à baía e aos barcos pesqueiros que chegam com o peixe e o marisco acabado de apanhar, no primeiro andar do número 15 da Rua Nova do Carvalho – também conhecida como a mais cor-de-rosa das ruas de Lisboa – o olhar esbarra nas fachadas devolutas dos prédios onde ainda dançam, no rés-do-chão, as históricas discotecas Tokio e Jamaica.

Mas a vista não é predicado essencial a uma marisqueira. O que conta é o que vem à mesa. Camarão à Guilho, amêijoa real à Bulhão Pato, lagostim do mar, bruxas, percebes, canilhas, sapateira. “Recebemos o marisco vivo todos os dias e tentamos trabalhá-lo da forma mais natural possível”, conta João Diogo Esteves. Entre as especialidades da casa estão ainda sopa de lavagante, que “está a ter um enorme sucesso”, arroz de lavagante e arroz de marisco.

“Depois temos também a particularidade de ter dois pregos, um de atum e outro do lombo, e um bife do lombo à Pesqueiro 25 com o qual vamos tentar fazer história”, acrescenta o chef natural de Santarém, onde abriu a primeira marisqueira, Chapa 7, em 2014. A ideia é ter alternativas para quem não gosta de marisco (há ainda pica-pau e hambúrguer Black Angus no caco) e opções para quem gosta de finalizar uma mariscada “com um bom bife ou prego”.

À ementa do novo restaurante alfacinha faltam apenas os pratos de peixe. Uma “aposta” que “tem sido também um grande sucesso” em São Martinho do Porto mas que, para já, não entra na carta de Lisboa. “Temos uma cozinha pequena, que estamos a tentar aumentar e criar outras condições para então conseguirmos lançar o peixe”, indica João Diogo.

O que vão ter em breve é um “pequeno-almoço de degustação”, composto por “alguns pratos” e ingredientes habituais na primeira refeição da manhã. Vai ser servido numa tábua (à semelhança de quase todos os pratos do restaurante) e chega a pensar nos hóspedes dos 24 quartos do hotel, inaugurado há cerca de dois meses, embora disponível para qualquer cliente. Outra novidade é a abertura de um “lounge exterior” nas traseiras do restaurante – prevista para “o Verão”.

Enquanto o restaurante de São Martinho do Porto, que abriu com o amigo de infância Rodrigo Castelo (chef da Taberna Ó Balcão, em Santarém), é “mais sazonal” - “trabalha [apenas] seis ou sete meses com um ritmo muito elevado” -, o espaço no Cais do Sodré é “uma nova experiência, numa zona com muito mais movimento”, onde querem “tentar distinguir-se pela diferença”. E crescer. “Estamos no primeiro andar, a nossa expectativa é crescer, para baixo ou para cima, e fazer dois andares”, ambiciona o responsável. Da sociedade que gere o restaurante em Lisboa fazem parte os chefs João Diogo Esteves e César Lourenço, os três proprietários do hotel e o empresário Alexandre Mota.

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